quarta-feira 2-10-2013 Merzouga - Foum Zguid 351km
O dia de hoje prometia,
350
km dos quais só 42 seriam de asfalto. Bem...na
verdade já sentia saudades de uma tirada assim, porque os dias anteriores nem
deram para aquecer.Se a "passeata" fosse uma prova, coisa que o meu
espírito competitivo por vezes tende a confundir, diria que a "etapa"
de hoje, assim como a de amanhã seriam as etapas rainhas.Por falar em
corridas... a nossa máquina estava cada vez mais
problemática,
cada vez que o ritmo abrandava, lá estava a luz a acender e o motor a calar-se,
e o mais preocupante era que o procedimento a efectuar para que trabalhasse de
novo, não tinha nada de sistemático, umas vezes resultava, outras nem por
isso.Geralmente tinha sempre que se
desenfiar
e
tornar a enfiar um, ou os dois, tubos que comandam a abertura da borboleta, era
stress
mesmo...
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o gesto mais repetido |
Mas voltando à ordem cronológica dos
acontecimentos:
Saída de
Merzouga cedinho, breve ligação em asfalto até
Taouz, acompanhando aquilo a que chamam
o deserto negro de
Merzouga,pedrinhas
bem pequenas mas todas pretas, o que
confere um aspecto mesmo desolador, mas igualmente belo a tudo
aquilo. Os Albergues e Kasbah's sucediam-se de um lado e outro da estrada a
mostrar que aquela era uma zona verdadeiramente turística.A seguir aTaouz, entrámos em pista, e segundo
os conhecedores era uma pista que tinha sido inúmeras vezes
utilizada pelo
Dakar,
não confirmo nem desminto, não sou tão "kota"
assim e nessa altura estava mesmo em grande era nos troços do
rali de
Portugal, ainda não tinha "descoberto" Marrocos.Mas verdade seja
dita, se aquilo era uma pista do
Dakar,
os "gajos" tinham bom gosto, era agradável de se fazer e
até fomos encontrando companhia e tudo.
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de Taouz para Zagora |
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de Taouz para Zagora |
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de Taouz para Zagora |
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de Taouz para Zagora |
Os km iam-se sucedendo e chegamos ao Lac Maider,
aqui provámos uma bela omelete berbere,e um belo café, digamos que foi o
reforço alimentar matinal que se impunha.Como nota fica que os copos
disponíveis para o café não chegavam para todos, pelo que houve que fazer um
intervalo para lavar copos, para que todos bebessem o café, sim porque o café
por estas bandas bebe-se em copo.
O Lac Maider é muito conhecido pelo fesh-fesh que
se encontra, pois circula-se pelo leito de um rio que só é transitável quando
está seco, e diga-se...que quando estiver húmido deve ser mesmo complicado.
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saída do Lac Maider |
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saída do Lac Maider |
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saída do Lac Maider |
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o fesh-fesh |
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a visibilidade fica assim |
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saída do Lac Maider |
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saída do Lac Maider |
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a caminho de Zagora |
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a caminho de Zagora |
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a caminho de Zagora |
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a caminho de Zagora |
Os Km vão-se sucedendo e rapidamente nos
vamos aproximando de Zagora,
fica como nota, que está em construção uma nova estrada paralela á pista que
visa substituir esta. Com Zagora a aproximar-se começa a ver-se jipes
de oficinas parados na berma da pista que pretendem ver se há carros com
problemas afim de avisarem telefonicamente as oficinas que uma caravana se
aproxima e que há, ou não jipes com avarias. Até reboques se vê parados.....é
o marketing e sentido de negócio marroquino a funcionar.
Chegados a Zagora, lá vamos também nós á
oficina afinal já quase à dois dias que não parávamos em
oficinas.. Vamos mesmo
á Garagem Iriki,
pois desde um carro a precisar de disco de embraiagem, mais um diferencial para
soldar num Lopes R, um cabeçote de direcção noutro LR, um retentor de diferencial noutro e
mais umas mazelas menores...todos precisavam de qualquer coisa. Pela nossa
parte ficámos por uma lavagem, limpeza do filtro de ar e habitáculo e
por ver o nível da valvulina da
caixa de transferência O
problema da electrónica era areia a mais para aquelas cabeças,
pensámos nós.
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a caminho de Zagora |
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a caminho de Zagora |
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entrada em Zagora |
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entrada em Zagora |
Enquanto se iam reparando os jipes,
aproveitamos para visitar umas lojas de artesanato ali ao lado e de seguida
fomos todos almoçar.
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pintura do prato evocativo do passeio |
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almoço em Zagora |
Depois de almoço, seguiu-se uma boa "seca" à espera que todos os carros ficassem prontos, e foi mesmo sem a companhia de um deles que estava mais demorado que seguimos caminho. Breve volta por Zagora e saímos mesmo pela pista para Tombouctou.
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Zagora |
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o emblemático azulejo |
Pouco mais à frente entramos na E.N. 12, que de estrada nacional só tem o nome, é pista mesmo e em obras com alguns desvios pelo meio.Faltavam ainda 117 kms para chegar a Foum Zguid, local de pernoita para hoje e amanhã.
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a E.N.12 |
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a E.N. 12 |
Lá fomos seguindo, quando se ouve pelo rádio que alguém tinha parado, nós para não pararmos e evitarmos mais uma sessão de enfia e desenfia tubos, comunicamos que íamos andando devagarinho. E íamos mesmo devagar quando.....estamos furados....
Pronto, tivemos mesmo de parar e toca a mudar a roda. Até aqui tudo bem, mas 3 Km mais á frente...outro furo na mesma roda. Foi mesmo problema da câmera de ar que montamos em Midelt, ou tinha defeito ou não era da medida certa. Toca a mudar de roda outra vez, o que vale é que tínhamos duas a mais.
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acontece aos melhores... |
A partir daqui estava a instalar-se o síndrome dos furos, mas não aconteceu mais nenhum. O tempo é que foi passando e foi já bem de noite que chegámos a Foum Zguid ao hotel Bab Rimal.
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a caminho de Foum Zguid |
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a caminho de Foum Zguid |
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a caminho de Foum Zguid |
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a caminho de Foum Zguid |
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