quinta-feira, outubro 31, 2013

Marrocos 2013 dia 7



quarta-feira 2-10-2013 Merzouga - Foum Zguid 351km

O dia de hoje prometia, 350 km dos quais só 42 seriam de asfalto. Bem...na verdade já sentia saudades de uma tirada assim, porque os dias anteriores nem deram para aquecer.Se a "passeata" fosse uma prova, coisa que o meu espírito competitivo por vezes tende a confundir, diria que a "etapa" de hoje, assim como a de amanhã seriam as etapas rainhas.Por falar em corridas... a nossa máquina estava cada vez mais problemática, cada vez que o ritmo abrandava, lá estava a luz a acender e o motor a calar-se, e o mais preocupante era que o procedimento a efectuar para que trabalhasse de novo, não tinha nada de sistemático, umas vezes resultava, outras nem por isso.Geralmente tinha sempre que se desenfiar e tornar a enfiar um, ou os dois, tubos que comandam a abertura da borboleta, era stress mesmo...

o gesto mais repetido

Mas voltando à ordem cronológica dos acontecimentos:

Saída de Merzouga cedinho, breve ligação em asfalto até Taouz, acompanhando aquilo a que chamam o deserto negro de Merzouga,pedrinhas bem pequenas mas todas pretas, o que confere um aspecto mesmo desolador, mas igualmente belo a tudo aquilo. Os Albergues e Kasbah's sucediam-se de um lado e outro da estrada a mostrar que aquela era uma zona verdadeiramente turística.A seguir aTaouz, entrámos em pista, e segundo os conhecedores era uma pista  que tinha sido  inúmeras vezes utilizada pelo Dakar, não confirmo nem desminto, não sou tão "kota" assim e nessa altura estava mesmo em grande era nos troços do rali de Portugal, ainda não tinha "descoberto" Marrocos.Mas verdade seja dita, se aquilo era uma pista do Dakar, os "gajos" tinham bom gosto, era agradável de se fazer e até fomos encontrando companhia e tudo.

de Taouz para Zagora

de Taouz para Zagora

de Taouz para Zagora
de Taouz para Zagora

 Os km iam-se sucedendo e chegamos ao Lac Maider, aqui provámos uma bela omelete berbere,e um belo café, digamos que foi o reforço alimentar matinal que se impunha.Como nota fica que os copos disponíveis para o café não chegavam para todos, pelo que houve que fazer um intervalo para lavar copos, para que todos bebessem o café, sim porque o café por estas bandas bebe-se em copo.

Lac Maider é muito conhecido pelo fesh-fesh que se encontra, pois circula-se pelo leito de um rio que só é transitável quando está seco, e diga-se...que quando estiver húmido deve ser mesmo complicado.

saída do Lac Maider

saída do Lac Maider

saída do Lac Maider

o fesh-fesh

a visibilidade fica assim

saída do Lac Maider

saída do Lac Maider

a caminho de Zagora

a caminho de Zagora

a caminho de Zagora

a caminho de Zagora
 Os Km vão-se sucedendo e rapidamente nos vamos aproximando de Zagora, fica como nota, que está em construção uma nova estrada paralela á pista que visa substituir esta. Com Zagora a aproximar-se começa a ver-se jipes de oficinas parados na berma da pista que pretendem ver se há carros com problemas afim de avisarem telefonicamente as oficinas que uma caravana se aproxima e que há, ou não   jipes com avarias. Até reboques se vê parados.....é o marketing e sentido de negócio marroquino a   funcionar.
 Chegados a Zagora, lá vamos também nós á oficina afinal já quase à dois dias que não parávamos em oficinas.. Vamos mesmo á Garagem Iriki, pois desde um carro a precisar de disco de embraiagem, mais um diferencial para soldar num Lopes R, um cabeçote de direcção noutro LR, um retentor de diferencial noutro e mais umas mazelas menores...todos precisavam de qualquer coisa. Pela nossa parte ficámos  por uma lavagem, limpeza do filtro de ar e habitáculo e por ver o nível da valvulina da caixa de transferência  O problema da electrónica era areia a mais para aquelas cabeças, pensámos nós.

a caminho de Zagora

a caminho de Zagora
entrada em Zagora

entrada em Zagora
Enquanto se iam reparando os jipes, aproveitamos para visitar umas lojas de artesanato ali ao lado e de seguida fomos todos almoçar.


pintura do prato evocativo do passeio
almoço em Zagora
Depois de almoço, seguiu-se uma boa "seca" à espera que todos os carros ficassem prontos, e foi mesmo sem a companhia de um deles que estava mais demorado que seguimos caminho. Breve volta por Zagora e saímos mesmo pela pista para Tombouctou.

Zagora

o emblemático azulejo
Pouco mais à frente entramos na E.N. 12, que de estrada nacional só tem o nome, é pista mesmo e em obras com alguns desvios pelo meio.Faltavam ainda 117 kms para chegar a Foum Zguid, local de pernoita para hoje e amanhã.
a E.N.12

a E.N. 12
Lá fomos seguindo, quando se ouve pelo rádio que alguém tinha parado, nós para não pararmos e evitarmos mais uma sessão de enfia e desenfia tubos, comunicamos que íamos andando devagarinho. E íamos mesmo devagar quando.....estamos furados....
Pronto, tivemos mesmo de parar e toca a mudar a roda. Até aqui tudo bem, mas 3 Km mais á frente...outro furo na mesma roda. Foi mesmo problema da câmera de ar que montamos em Midelt, ou tinha defeito ou não era da medida certa. Toca a mudar de roda outra vez, o que vale é que tínhamos duas a mais.

acontece aos melhores...

A partir daqui estava a instalar-se o síndrome dos furos, mas não aconteceu mais nenhum. O tempo é que foi passando e foi já bem de noite que chegámos a Foum Zguid ao hotel Bab Rimal.

a caminho de Foum Zguid
a caminho de Foum Zguid
a caminho de Foum Zguid
a caminho de Foum Zguid








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