terça-feira, novembro 06, 2018

A Serra e as Aldeias 3º dia

Domingo 14 Outubro  Penhas da Saúde - Almada 407 Km


O pós-Leslie e as Aldeias perdidas, bem poderia ser o sub-título deste post, pois hoje o que mais vimos foram estragos provocados pelo Leslie e aldeias verdadeiramente perdidas no meio da Serra.

O dia começou com uma calmaria estranha, tirando o chão e os carros molhados da chuva, nada mais se notava de anormal. Saímos do hotel e seguimos para a Torre, não a iríamos visitar hoje, mas era este o caminho para irmos para Loriga, primeira aldeia a visitar. A calmaria depressa se transformou em frio e nevoeiro cerrado, que só nos abandonou já na descida para Loriga que se encontra a 770 metros de altitude. É também muito conhecida a praia de Loriga, ao que parece a única praia que se encontra inserida num vale glaciar, que provém diretamente do planalto superior da Serra da Estrela. É muito procurada pelas suas águas puras, brancas, cristalinas e frias. Esta praia foi umas das finalistas das “7 Maravilhas – Praias de Portugal”, na categoria de Praias Fluviais e recebeu, um galardão de ouro, atribuído pela Quercus. Outro dos ex-libris de Loriga são os socalcos para a agricultura e a sua complexa rede de irrigação, uma obra construída ao longo de centenas de anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil.


Loriga

Acesso à praia fluvial

Praia fluvial


























De Loriga continuamos pela EN. 231 até Alvoco da Serra. Freguesia situada no coração do Parque Natural da Serra da Estrela, a 684 metros de altitude, que tem como particularidade o facto de ser a povoação topograficamente mais próxima da Torre.
























Continuando pela 231, encontramos de seguida Vasco Esteves de Baixo, onde vimos os primeiros estragos do Leslie, algumas árvores tombadas por cima de cabos da eletricidade, que já estavam a ser retiradas pelos Bombeiros locais. Foi aqui que saímos da 231 e entramos numa Municipal que tem o pomposo nome de Avenida Principal, a qual seguimos até entroncar na EN. 230 já  perto de Vide. Pelo caminho fomos passando por Aguincho, Fradigas, onde bebemos um café na Associação Recreativa e Barriosa.
Aguincho é a mais pequena aldeia da Freguesia de Alvoco da Serra, da qual está separada por 8 km, mas só é acessível de carro há poucos anos. Famoso, quer dizer… é o seu viveiro das trutas
Fradigas, aldeia da Freguesia de Vide, tem a igreja de Nossa Senhora da Boa Sorte, a Associação onde bebemos um café, e... não descobri mais nada.
Barriosa também pertence à Freguesia de Vide e é essencialmente conhecida pela cascata Poço da Broca, e pelo restaurante junto á cascata que dá pelo nome de Guarda-Rios.

A caminho de Vasco Esteves de Baixo

A caminho de Vasco Esteves de Baixo

Para a Av. Principal

Para o centro de Vasco Esteves

Para Aguincho

Restaurante Guarda Rios e o Poço da Broca



























Após Barriosa entramos na EN.230, mas por pouco tempo, pois à entrada de Vide seguimos pela direita pela EM.518 para passarmos por mais umas aldeias esquecidas. Atravessados que foram Muro e Casal de Rei, eis que chegamos a uma aldeia que nos suscitava muita curiosidade. Trata-se de Cabeça, pitoresca aldeia que se situa no topo de uma cabeço granítico, de onde se destaca a Igreja de São Romão. É uma típica aldeia de xisto, onde as suas gentes se dedicam principalmente à pastorícia e à agricultura em socalcos. Os socalcos, suportados por muros de xisto ou granito, foram construídos ao longo dos anos para facilitar a agricultura nas encostas íngremes da Serra. Em 2007,  Cabeça foi a primeira freguesia no país a proporcionar o acesso livre à Internet por wireless. Já no ano de 2011, recebeu o título de 1ª Aldeia LED de Portugal, por ter sido a primeira aldeia a adoptar a tecnologia LED na iluminação pública. Desde 2013, durante as celebrações de Natal, as gentes da aldeia empenham-se em organizar Cabeça – Aldeia Natal, muito contribuindo para o êxito destas festas as decorações criadas com materiais naturais recolhidos nos campos em redor da aldeia. Este ano a festa, que vai na sua quinta edição, decorre entre 16 de Dezembro e 1 de Janeiro de 2018.
se tivesse trazido o diferencial de trás ia por ali

faltou conhecer estas

fomos por aqui



Cabeça



os LED's



























Com isto tudo eram quase horas de almoço, de aldeias e lugares estava feito. Chegados à rotunda onde de manhã seguimos para Loriga, agora seguimos pela 231 até Seia, nem deu já tempo de visitar a Lapa dos Dinheiros, fica para a próxima. Seia ficou rapidamente para trás, continuamos pela 231 até Nelas e aqui tomamos a EN. 234 e a A35 até Currelos onde fomos almoçar ao Restaurante Quinta de Cabriz. Gostamos bastante deste Restaurante, e mais uma vez almoçamos muito bem. Depois de almoço cheirava a fim de festa, e foi a ver os estragos causados pelo Leslie que regressamos a casa.
A caminho de Seia

Seia




O Mondego


IP.3


Estragos na A.E.1





Mais uma vez fomos recebidos de braços abertos
Fica o mapa e o filme do dia:
O que falta é AE.1 até casa