Domingo 14 Outubro Penhas da Saúde - Almada 407 Km
O pós-Leslie e as Aldeias
perdidas, bem poderia ser o sub-título deste post,
pois hoje o que mais vimos foram estragos provocados pelo Leslie e aldeias
verdadeiramente perdidas no meio da Serra.
O dia começou com uma
calmaria estranha, tirando o chão e os carros molhados da chuva, nada mais se
notava de anormal. Saímos do hotel e seguimos para a Torre, não a iríamos
visitar hoje, mas era este o caminho para irmos para Loriga, primeira aldeia a
visitar. A calmaria depressa se transformou em frio e nevoeiro cerrado, que só
nos abandonou já na descida para Loriga que se encontra a 770 metros de
altitude. É também muito conhecida a praia de Loriga, ao que parece a única
praia que se encontra inserida num vale glaciar, que provém diretamente do
planalto superior da Serra da Estrela.É muito procurada pelas suas
águas puras, brancas, cristalinas e frias. Esta praia foi umas das finalistas
das “7 Maravilhas – Praias de Portugal”, na categoria de Praias Fluviais e
recebeu, um galardão de ouro, atribuído pela Quercus. Outro dos ex-libris de
Loriga são os socalcos para a agricultura e a sua complexa rede de irrigação, uma
obra construída ao longo de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil.
Loriga
Acesso à praia fluvial
Praia fluvial
De Loriga continuamos pela
EN. 231 até Alvoco da Serra. Freguesia situada no coração do Parque Natural da
Serra da Estrela, a 684 metros de altitude, que tem como particularidade o
facto de ser a povoação topograficamente mais próxima da Torre.
Continuando pela 231,
encontramos de seguida Vasco Esteves de Baixo, onde vimos os primeiros estragos
do Leslie, algumas árvores tombadas por cima de cabos da eletricidade, que já
estavam a ser retiradas pelos Bombeiros locais. Foi aqui que saímos da 231 e
entramos numa Municipal que tem o pomposo nome de Avenida Principal, a qual
seguimos até entroncar na EN. 230 já
perto de Vide. Pelo caminho fomos passando por Aguincho, Fradigas, onde
bebemos um café na Associação Recreativa e Barriosa.
Aguincho é a mais pequena
aldeia da Freguesia de Alvoco da Serra, da qual está separada por 8 km, mas só
é acessível de carro há poucos anos. Famoso, quer dizer… é o seu viveiro das
trutas
Fradigas, aldeia da
Freguesia de Vide, tem a igreja de Nossa Senhora da Boa Sorte, a Associação
onde bebemos um café, e... não descobri mais nada.
Barriosa também pertence à
Freguesia de Vide e é essencialmente conhecida pela cascata Poço da Broca, e
pelo restaurante junto á cascata que dá pelo nome de Guarda-Rios.
A caminho de Vasco Esteves de Baixo
A caminho de Vasco Esteves de Baixo
Para a Av. Principal
Para o centro de Vasco Esteves
Para Aguincho
Restaurante Guarda Rios e o Poço da Broca
Após Barriosa entramos na
EN.230, mas por pouco tempo, pois à entrada de Vide seguimos pela direita pela
EM.518 para passarmos por mais umas aldeias esquecidas. Atravessados que foram
Muro e Casal de Rei, eis que chegamos a uma aldeia que nos suscitava muita curiosidade.
Trata-se de Cabeça, pitoresca aldeia que se situa no topo de uma cabeço
granítico, de onde se destaca a Igreja de São Romão. É uma típica aldeia de
xisto, onde as suas gentes se dedicam principalmente à pastorícia e à
agricultura em socalcos. Os socalcos, suportados por muros de xisto ou granito,
foram construídos ao longo dos anos para facilitar a agricultura nas encostas
íngremes da Serra.Em 2007, Cabeça foi a primeira freguesia no
país a proporcionar o acesso livre à Internet por wireless. Já no ano de 2011,
recebeu o título de 1ª Aldeia LED de Portugal, por ter sido a primeira aldeia a
adoptar a tecnologia LED na iluminação pública. Desde 2013, durante as
celebrações de Natal, as gentes da aldeia empenham-se em organizar Cabeça –
Aldeia Natal, muito contribuindo para o êxito destas festas as decorações
criadas com materiais naturais recolhidos nos campos em redor da aldeia.Este
ano a festa, que vai na sua quinta edição, decorre entre 16 de Dezembro e 1 de
Janeiro de 2018.
se tivesse trazido o diferencial de trás ia por ali
faltou conhecer estas
fomos por aqui
Cabeça
os LED's
Com isto tudo eram quase
horas de almoço, de aldeias e lugares estava feito. Chegados à rotunda onde de
manhã seguimos para Loriga, agora seguimos pela 231 até Seia, nem deu já tempo
de visitar a Lapa dos Dinheiros, fica para a próxima. Seia ficou rapidamente
para trás, continuamos pela 231 até Nelas e aqui tomamos a EN. 234 e a A35 até Currelos
onde fomos almoçar ao Restaurante Quinta de Cabriz. Gostamos bastante deste
Restaurante, e mais uma vez almoçamos muito bem. Depois de almoço cheirava a
fim de festa, e foi a ver os estragos causados pelo Leslie que regressamos a
casa.