quinta-feira, setembro 19, 2019

Normandia 2019 dia 10

sábado, 10-08-2019 Bragança - Almada 508 Km

Escrever o post do último dia não é tarefa fácil, nem agradável. Se bem que é verdade que é a 3ª vez que se passa pelos sítios... a primeira é quando se prepara a viagem, a segunda é a viagem propriamente dita e a terceira é quando se escreve o resumo do dia, também não deixa de ser verdade que o ultimo post é o fechar do ciclo, e é nesta altura que se recorda o que se deixou de ver, e algumas coisas a que se deveria ter dedicado mais tempo. Adiante...

Como era o último dia e essa história das nove horas de caminho é só na canção, dormimos um pouco mais e eram quase 10 da matina quando começamos a andar. Demos mais uma voltinha pela cidade e entrámos na A4.



Isto da A4 foi sol de pouca dura, pois ainda antes de Macedo de Cavaleiros já tínhamos entrado no IP2, o qual seguimos até perto de Celorico da Beira. Depois de cruzado o Rio Sabor, o qual fomos acompanhando até desaguar no Rio Douro apreciamos a nova Barragem do Baixo Sabor, imediatamente antes da sua foz.


Barragem do Baixo Sabor





Imediatamente a seguir à barragem, o rio que nos passa a acompanhar é o Douro, entramos no Alto Douro Vinhateiro,  área com mais de 26 mil hectares, classificada pela UNESCO, em 14 de Dezembro de 2001, como Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural.



Rio Douro
Um pouco mais à frente chegamos à Barragem do Pocinho, onde nos desviámos do nosso caminho e fizemos um pequeno desvio pela EM613, estrada onde já tínhamos passado na nossa Voltinha pelo Douro , mas como na altura ainda não havia câmera, voltámos lá agora para fazer um pequeno filme, a vista merece.

Barragem do Pocinho

as vistas da EM613


Eclusa da barragem do Pocinho




Em Celorico parámos para um café e começamos a perceber que era muito cedo para ir almoçar onde tínhamos pensado, pelo que ficou decidido ir andando...pelo caminho e ainda antes de Celorico vimos Marialva e o seu altaneiro Castelo , mais uma das 12  Aldeias Históricas de Portugal.

Marialva e o seu Castelo


Saímos de Celorico pela EN16 e depois de cruzarmos o Rio Mondego em Ponte de Juncais começámos a circular no antigo IP5 até Chãs de Tavares, onde seguimos para Mangualde e nos deparámos com este túnel.

Seguiu-se Nelas, IP3 e auto-estrada 1 até à Área de serviço de Pombal, onde acabámos por almoçar.



Livraria do Mondego vista do IP3










E pronto, 10 dias e 4668 km depois fomos mais uma vez recebidos de braços abertos.



Fica o mapa e o filme do dia:










terça-feira, setembro 17, 2019

Normandia 2019 dia 9

sexta-feira, 9-08-2019  Burgos - Bragança 380 Km

Hoje era dia de voltar a Portugal, mas antes ainda tínhamos mais umas coisas para ver e alguns quilómetros para andar. O dia começou com uma volta pelas avenidas de Burgos e uma visita á Catedral.
A Catedral de Santa Maria de Burgos, para além de ser o monumento mais conhecido e visitado da cidade, é também, segundo os especialistas, uma das construções góticas mais espectaculares do continente europeu. A sua construção iniciou-se em 1221 e recebeu inspiração das catedrais francesas de Chartres, Amiens, Reims e  Notre Dame de Paris. Foi declarada Monumento Nacional em 1887 e recebeu o título de Património da Humanidade em 1984, por altura dos trabalhos de restauração.
Iniciámos a nossa visita entrando pelo Arco de Santa Maria,uma das 12 portas medievais que a cidade teve durante a Idade Média.

arco de Santa Maria

pormenor do teto







Também o Caminho de Santiago por aqui passa.


Na Praça de Santa Maria podemos também ver o monumento do Peregrino.



Nas imediações registámos ainda mais umas esculturas engraçadas.



El Cid, cavaleiro espanhol sobre quem se contam algumas lendas, nem todas abonatórias


Admirado Burgos, seguimos até Puebla de Sanabria, última cidade espanhola antes de Portugal, e onde iríamos almoçar e atestar. O caminho foi um misto de autovias e estradas nacionais, que nos levaram a atravessar a Meseta Central, grande planalto, com uma altitude média de 660metros, bastante árido, com uma baixa densidade populacional, e onde os povoados distam uma boa distância uns dos outros. É aquela zona que todos os peregrinos que por lá passam, descrevem  como das mais difíceis de todo o Caminho.









Atravessado o "deserto", chegámos a Puebla de Sanabria, era dia de Mercado Medieval, que se realiza anualmente perto de 15 de Agosto. Uma multidão passeava e fazia compras. Bafejados pela sorte conseguimos estacionar bem perto do centro da pitoresca vila. Fomos passear, ver o mercado e por fim almoçar a um restaurante verdadeiramente espactacular, dá pelo nome de Meson Abelardo.









Meson Abelardo
Foi bem almoçados que nos fizemos ao caminho para Rio  de Onor, antiga fronteira por onde entraríamos em Portugal. A aldeia comunitária de Rio de Onor está inserida no Parque Natural de Montesinho, concelho de Bragança, sendo atravessada pela fronteira com Espanha. Do lado português temos Rio de Onor, e do lado espanhol temos Rihonor de Castilla. A aldeia é atravessada pelo rio Onor, com uma bonita  praia fluvial. Rio de Onor subsiste ainda como aldeia comunitária. Este regime pressupõe uma partilha e entreajuda de todos os habitantes que se pode observar na  partilha dos fornos comunitários, de terrenos agrícolas onde todos devem trabalhar e na  partilha de um rebanho, pastoreado nos terrenos comunitários. Rio de Onor partilha com a aldeia alentejana de Marco uma outra característica única — a aldeia é atravessada a meio pela fronteira internacional entre Portugal e Espanha, com ambas as partes conhecidas pelos seus habitantes como "povo de acima" e "povo de abaixo", não se distinguindo assim de facto como dois povoados diferentes.


espectáculo...


Rio de Onor do lado espanhol


o "posto fronteiriço"

o marco que traça a linha de fronteira















Daqui o destino era Bragança, mas queríamos ainda passar por França. Para  isso passámos também por Aveleda.

Aveleda






Tirada a foto da praxe em França, seguimos até Bragança, demos uma volta pela cidade e pelo castelo, fomos comprar um cartão para a câmara que o original tinha ficado cheio, fizemos o check-in e fomos jantar a Gimonde, onde escolhemos o restaurante  Abel e não nos arrependemos.

Bragança








Gimonde


Por hoje estava quase feito, fica o mapa e o filme do dia: