quarta-feira, outubro 18, 2023

À Volta do Alqueva dia 4

 08-10-21023 Reguengos - Almada

Hoje foi o dia da despedida destas mini férias que correram muito bem, tendo mesmo superado as nossas melhores expectativas.
Hoje pretendíamos ir ao Mercado, mas contrariamente ao que alguém nos disse, este estava fechado ao Domingo.
Vai daí, para ocupar o tempo que tínhamos reservado para a visita ao Mercado, fomos a S. Pedro do Corval à procura de uns recuerdos, e acabámos por trazer um bom molho de orégãos.
O Intermarché, passe a publicidade, costuma ter sempre produtos da região, e lá fomos nós em busca desse supermercado. Este tinha bastante variedade, e entre queijo, azeitonas e vinhos, lá fizemos umas compras. 
Com isto tudo estava na hora de almoço e fizemo-nos ao caminho para a aldeia de Campinho, onde tínhamos previamente marcado mesa. Para lá chegar passámos pela terra natal do malogrado cavaleiro José Mestre Baptista, que São Marcos do Campo homenageou com esta estátua.


Antes de chegar a Campinho ainda tirámos uns retratos a uns pacatos que por ali pastavam.




Chegados ao Monte d'açorda, íamos mesmo com o pensamento num cozidinho de grãos, mas hoje essa iguaria não fazia parte da lista, pelo que nos deliciámos com uma sopa de tomate e uma bochecha assada no forno.




Rematámos não com um passe de peito, mas sim com um licor de poejo e tomámos o rumo de casa.
Viemos pelas nacionais até Montemor, a apreciar a paisagem, e só aí entrámos na autoestrada até Almada.





Chegados a casa, após 894Km, fomos recebidos de braços abertos, como sempre...


Para terminar, fica o filme do dia.






segunda-feira, outubro 16, 2023

À Volta do Alqueva dia 3

 07-10-2023 Reguengos - Barrancos - Reguengos

O plano para o dia de hoje era ir até Barrancos e ao Castelo de Noudar, território virgem para nós. Já tínhamos andado por ali perto, mas nunca chegámos a Barrancos. Claro que até lá chegar arranjámos mais algumas coisas para ver. 
Saímos de Reguengos para a Praia fluvial da Amieira, onde voltámos a notar que o Alqueva está com pouca água. Já ontem tínhamos ficado com essa ideia, e hoje voltámos a notar o mesmo.

Homenagem a José Mestre Baptista na sua terra natal-S. Marcos do Campo





Seguimos pelas ruelas da aldeia da Amieira, e à saída tomámos a direcção da  Marina da Amieira, que já conhecíamos, mas onde é sempre agradável ir.






Voltámos a Amieira e seguimos para a aldeia de Alqueva e para o paredão da Barragem do Alqueva.
O Alqueva é deveras impressionante, e impressionante é também, saber que o seu projecto foi aprovado em Conselho de Ministros em 1975, tendo sido inaugurada somente em 2004. Já que estamos numa de datas, a sua cota máxima foi atingida a 12 de Janeiro de 2010 em que o nível de água armazenada atingiu a cota máxima de 152 metros, um metro abaixo do nível de máxima cheia para que a albufeira está preparada. Trata-se de um volume de água armazenada de 4.150 hectómetros cúbicos.








Apreciada esta grande obra, seguimos para Barrancos. A seguir à Barragem e antes da Povoa de São Miguel demos com isto:



Não é a grande Central da Amareleja, é a Central Fotovoltaica da Vaquinha, mas é bastante grande.
Passámos por fora da Amareleja e chegámos a Barrancos. Como ainda era cedo, decidimos visitar o Castelo de Noudar antes de almoço. O Castelo fica a 12 Km de Barrancos, grande parte deles em estrada de terra mas com bom piso. Ainda parámos no Baloiço da Pipa e não nos fizémos rogados.











"Entre a ribeira da Múrtega e o rio Ardila que correm de Este para Oeste, situa-se o Castelo de Noudar, acabado de construir em 1307 no reinado de D. Dinis.
O local foi escolhido pela sua defesa natural, o fácil acesso e aproveitamento de uma nascente de água de excelente qualidade, a Fonte da Figueira, localizada a cerca de 250 metros a Este do castelo, sob o cerro denominado da Forca. Na proximidade do Castelo existem, terras boas para a agricultura e extensos montados para o pastoreio do gado. A fortaleza medieval foi importante na defesa da fronteira com Castela nos princípios do século XIV.
Definida a fronteira com Castela, Noudar recebe foral em 1295 e D. Dinis procura povoar o território. Esta necessidade justificou a criação do primeiro “Couto de Homiziados”, isto é, um local onde pessoas perseguidas pela justiça podiam viver em paz desde que daqui não saíssem. A partir do séc. XV começam a instalar-se, fora da vila de Noudar, alguns aglomerados de cariz familiar em pequenos montes com exploração agrícola e pecuária.
Ao longo da Idade Média, Barrancos evolui e o número de moradores da aldeia ultrapassa, muito rapidamente, o da vila de Noudar. Em torno de Barrancos concentra-se a maioria dos novos povoadores do termo de Noudar. A importante concentração origina em 1493 uma inquirição da coroa portuguesa sobre a aldeia de Barrancos que Castela pretendia ser sua, sendo na realidade de Portugal. Barrancos desenvolve-se a partir do século XIV, sendo coincidente o decréscimo das populações de Noudar com o seu crescimento, a partir do século XVI. Em 1774 Barrancos partilha com Noudar a sede de concelho mas, em 1836, o concelho de Noudar deixa de existir."







Isto de dar a volta a castelos, abre o apetite, portanto foi em passo acelerado que fomos para Barrancos. Tínhamos na ideia ir almoçar ao Restaurante Esquina. A única mesa livre ficava na esplanada ao sol, o que atendendo ao calor que se fazia sentir, nos levou a preferir o bar, chamemos-lhe assim, maioritariamente ocupado por locais e alguns espanhóis. Foi uma escolha acertada, pois para além do superior paladar da refeição, ainda tivemos oportunidade de falar com os locais e ouvir o dialeto local, o Barranquenho.





Este branco era um espectáculo. Estranhei não ver ninguém a beber tinto, só depois de provar o branco percebi porquê.
Antes que a "cobra" se instalasse, fomos dar uma volta pela vila. Fomos ver o largo onde se realizam as touradas de Barrancos e voltámos ao carro para seguir viagem.



O próximo destino foi a Amareleja, mas imediatamente antes de lá chegar fomos ver a Central Fotovoltaica da Amareleja. Trata-se de  uma central de energia solar fotovoltaica, situada às portas da vila da Amareleja. Tem uma capacidade instalada de 46,41 megawatts, o suficiente para abastecer 30 mil habitações.
Está construída num terreno de 250 hectares. Com 2.520 seguidores solares azimutais, equipados com 104 painéis solares cada um, a central foi a maior do mundo em 2008, em potência total instalada e capacidade de produção (actualmente está em 18º lugar). Estes seguidores são dispositivos mecânicos que orientam os painéis solares perpendiculares ao sol, desde a alvorada, a leste, até ao poente, a oeste.







De seguida passamos por dentro da Amareleja e seguimos para a Aldeia da Luz.






A nova Aldeia da Luz foi construída para realojar os habitantes da antiga aldeia da Luz submergida pelas aguas da barragem de Alqueva. A nova aldeia foi construída de forma a manter no essencial as características da aldeia antiga.A questão do realojamento dos habitantes da aldeia da Luz iniciou-se em 1981. Foram consideradas 3 hipóteses: indemnizar dos habitantes, transferi-los para uma povoação vizinha ou construir uma aldeia semelhante. Esta ultima alternativa foi a escolhida, sendo a preferida pela população.
As obras iniciaram-se em 1998 e terminaram em 2002.





A volta de hoje aproximava-se do fim. Ainda fomos ver a Praia Fluvial e o Ancoradouro de Mourão. 




Estava na hora de um mergulho na piscina, pelo que nos fizemos ao caminho de "casa"
Hoje foi dia de jantar na Taberna Al Andaluz, onde o José Manuel nos recebeu como de costume.
Hoje foi dia de jantar peixe.




Para terminar o dia faltava o gin da ordem. Hoje foi Fox Tale, mediano, mas melhor que o dos dias anteriores.


Para terminar, fica o mapa e o filme do dia.