sexta-feira, agosto 28, 2020

Entre Douro e Minho - dia 5

Segunda, 3 de Agosto 2020 Barrega - Montalegre - Barrega 262km

Começamos o relato do dia de hoje, com uma constatação referente ainda ao dia de ontem. No Minho há pelo menos duas coisas em grande, uma é a quantidade de igrejas e afins, a outra, é a qualidade  da carne, seja Barrosã, seja Cachena, qualquer delas de excelente qualidade e servidas em doses que são um atentado à elegância.  Justiça reposta e para não variar, hoje tínhamos muita coisa para ver, pelo que, pelas 8:30 estávamos de volta do pequeno-almoço, e às 9 começamos a circular.
Fomos andando por estradas conhecidas de outras andanças, até Ribeira de Pena, onde paramos para o cafézinho matinal. Até lá chegar passamos por Arco de Baúlhe e pela obra da Barragem dos Daivões, ainda em construção. O enchimento da albufeira da barragem de Daivões  começará em Outubro. A exploração comercial terá início em 2021. A Barragem de Daivões faz parte do Sistema Eletroprodutor do Tâmega , que também inclui as barragens de  Gouvães e Alto Tâmega, todas no distrito de Vila Real. 





loja das concertinas em Ribeira de Pena




Saídos de Ribeira de Pena e a caminho de   Boticas, fizemos um pequeno desvio para ir ver uma ponte de arame sobre o Tâmega perto de Santo Aleixo de Além Tâmega, mas devido às barragens em construção que ficam todas ali bem perto, a ponte foi retirada para ser colocada noutro local. Alguém nos disse que em Veral também havia  uma ponte de arame, como tal, quando vimos o cruzamento para Veral pelo CM. 1050, não hesitamos e fomos ver esta aldeia mesmo do Portugal profundo. A ponte de arame também tinha sido desmontada por causa da barragem, neste caso a do Alto Tâmega. Valeu a viagem para descobrir Veral e ainda deu para uma conversa com os habitantes locais.



Voltamos à EN. 312, passamos por Boticas sem parar e seguimos por aquelas verdadeiras auto estradas de que tanto gostamos , neste caso as EM 527 e 508 até Vilar de Perdizes.




rotunda de entrada em Vilar de Perdizes

Igreja de Vilar de Perdizes
Apreciada que foi a terra que o  Padre Fontes muito promoveu, e promove, seguimos para Cualedro, onde iríamos atestar. Para lá chegar, seguimos por umas estradas que nem numeração têm e só demos por passar a fronteira porque íamos a olhar para o track e vimos a linha de fronteira, porque quer de um lado, quer do outro, nada muda nem nenhuma tabuleta aparece. Esta fronteira fica em   41° 52.793'N,  7° 38.332'W.


linha de fronteira










Atestado o carro, rumamos novamente a Portugal, por uma estrada diferente, mas com uma fronteira parecida. Esta também não tinha qualquer tabuleta ou indicação , mas a cor do alcatrão mudava, de novo para usado ao entrar em Portugal. Fica aqui  41° 53.628'N ,   7° 44.815'W.



linha de fronteira



De volta à terrinha, seguimos para o alto da Serra do Larouco, terceira maior serra  portuguesa, logo a seguir ao Pico e à Estrela.










com vaquinhas como no Col d'Aspin, e tudo

Com isto tudo eram quase horas de almoço, seguimos para Montalegre, visitamos o castelo, e almoçamos. Também pretendíamos visitar o Ecomuseu de Barroso - Espaço Padre Fontes, mas estava fechado quando por lá passamos.
evocação da chega de bois



Igreja do Castelo de Montalegre


















Montalegre ficou para trás, mas eis que chega a



A Barragem do Alto Rabagão, ou dos Pisões, como também é conhecida, é  a maior do país em termos de comprimento de coroamento com 1970 m, sendo também uma das maiores em termos de albufeira. A  barragem, além de ser constituída por 3 segmentos, cada um com um comprimento semelhante às normais barragens de grande dimensão, tem  também na sua largura outro motivo digno de registo, havendo segmentos em que cabe um camião articulado atravessado e uma área onde até caberão dois.

Curiosamente, não é uma grande produtora de electricidade havendo mais de 30 barragens com uma produção média anual e potência instalada superiores.
Para além do paredão, fomos também espreitar a Praia de Penedones.













Ainda esta mal tinha terminado, e já outra albufeira nos acompanhava, agora era a Barragem da Venda Nova, também no rio Rabagão. Circulamos ao lado da albufeira, mas antes do paredão viramos para Salto e para esse must dos ralis que dá pelo nome de Serra da Cabreira.




O Salto foi mesmo de passagem, em Cabeceiras de Basto também não parámos e seguimos pela EN.311 em direcção a Fafe, mas logo a seguir a Várzea Cova chegamos aqui:
O Confurco


Por acaso nem tinha pensado nisso😎mas já que aqui estava, lá seguimos pela Lameirinha até ao antigo final, perto do cemitério de Lagoa, sem saltar muito alto, claro....


Isto o mau é começar, quando chegamos ao final, seguimos pela estrada da adega, voltamos ao Confurco, e seguimos pela Lameirinha de novo, desta vez em sentido contrário, que até era o caminho mais perto para casa e tudo.

A casa do Penedo, junto ao Salto da Pereira


Seguimos até à povoação de Vila Pouca e depois até Povoação por partes da antiga Lameirinha e chegamos à EN.206 na povoação de Lameira, antigo início da Lameiriinha. Daqui entramos na Municipal 615, e a "casa" era logo ali.
Ao chegar pretendíamos ir para a piscina, mas estava fechada, o Mitch das Marés Vivas andava a preparar-se para nova temporada da popular série.



E pronto, mais um dia terminado, fica o mapa e o filme do dia