quarta-feira, novembro 10, 2021

Rali de Mortágua 2021

 Sábado, 6 de Novembro 2021


Há já algum tempo que não ia ver um rali de terra a Mortágua. Bem…na verdade, de alcatrão também não.😎
Assim sendo, e aproveitando o facto de ter uma boa companhia, o meu filho, e afinal se tratar de um dos ralis mais perto de casa, lá me resolvi a acordar cedo.
Isto de ser perto de casa, não impede que estejamos a falar de mais de 250 km, pelo que fomos pondo a conversa em dia e alvitrando algumas hipóteses de como iríamos ver a prova, pois o facto de o Armindo ser o primeiro na estrada, fruto do mau desempenho no Qualifying, e do Teodósio ser o nono a passar, implicava estar 20 minutos no mesmo troço, o que não era possível nalguns casos para o esquema que o Ricardo tinha feito.





Fomos seguindo o track até ao primeiro troço, estacionámos, constatámos que estava bastante frio, e fomos esperando. Passa a hora a que deveria ali aparecer o primeiro e nada. Isto da net é uma maravilha, sobretudo quando há rede, o que era o caso. Rápida visita ao telemóvel e lançámos o caos nas poucas pessoas que ali se encontravam: o Armindo bateu…
Daí a pouco vem o resto da notícia: carro sem hipótese de recuperação, equipa sem problemas, e troço anulado.
Fomos percebendo que o rali atrasou, pelo que demos por ali umas voltas, para futuras incursões por aquelas bandas e seguimos para o segundo troço.

Continuava o frio, o público era pouco e o GNR, assim como todos os que fomos encontrando durante o dia, era bastante colaborador. O local era uma saída de emergência, que se foi mantendo sempre desimpedida, e onde era, e muito bem, dado a largura do estradão, permitido estacionar.
Uma coisa de que gostei particularmente neste Rali, foi que não se via aquelas hordas de pessoal carregados de geleiras, e as pessoas com quem nos encontrámos nos troços eram conhecedoras do meio, o que é sempre uma mais-valia para as conversas que se vão tendo.

Visto o segundo troço, seguimos para o quarto. As coisas teimavam em não correr bem para a Organização, aqui foi o carro zero que capotou, o que provocou mais um atraso. Estávamos ao pé de um fotógrafo, colaborador do Rallymania, bom conversador, o que fez com que o atraso passasse num instante.
Por aqui andavam alguns pesos pesados do antigamente, Jorge Ortigão e o filho Pedro, o que trouxe à baila os Toyota Starlet, que o pai tão bem conduzia, e o agora Presidente do Clube automóvel de Amarante, António Jorge.
Com estes atrasos todos e sem saber ao certo quanto tempo se dispunha a Organização a recuperar com a neutralização que se seguia, optámos por almoçar umas belas sandes de porco assado no espeto numa pizaria bem perto do Parque de Assistências. Ao voltar ao carro fomos beber um café a um Clube Recreativo, onde deparámos com este cromo.



Consultada a nova hora de partida para a secção da tarde, acertámos os nossos horários e fomos fazer o que o programa mandava: ver os troços todos e em sítios diferentes da manhã. O objectivo era ambicioso, mas foi cumprido na íntegra.
Logo no primeiro, deparámos com uma situação caricata.


Por muito colete que tenha, não me parece que esteja bem colocado, alertado o GNR que ali se encontrava, nada este fez para repor a normalidade, pelo que foi necessário mandar umas pedritas para as imediações de onde este verdadeiro emplastro se encontrava para o fazer mudar de sítio.
Foi ver até ao Teodósio e rumar ao próximo. Conforme íamos andando, mais familiar me parecia a estrada, e foi ao chegar ao gancho da paragem da camioneta que percebi que aquele era mesmo o caminho para ir ver o troço de Mortágua do Rali de Portugal, onde fui pela primeira vez em 1995, e onde anos mais tarde assisti a um verdadeiro recital de condução do Colin McRae ao volante de um Focus.


Desta vez passavam mesmo na aldeia, quanto a nós foi parar no meio da estrada e ver, e mesmo assim perdemos o Daniel Nunes. Por aqui só estava um GNR e um Observador da Fpak.
Mais uma vez, foi ver o Teodósio e seguir para o próximo, esta ligação era apertada, mas correu tudo bem e chegámos a tempo.
O Teodósio de tarde começou a ganhar tempo a todos, e atendendo ao que ganhou neste troço com 13 km, deixava antever que sem problemas iria alcançar o segundo lugar final e vencer nos 18 km do troço final, resultados estes indispensáveis para ser Campeão Nacional.
Foi com estas conjecturas que fomos andando até Felgueira 2 palco de todas as decisões. Fomos ver a um gancho que ficava a 3.7 km do final.


Assim que o Teodósio passou toda a gente se agarrou aos telemóveis à espera do desfecho final, sendo que os cerca de 15 segundos que ia a ganhar quando aqui passou, já apontassem ao que viria a acontecer.
Pouco tempo depois surgiu a confirmação.


Quanto a nós tomámos o caminho para Meligioso onde fomos ver o troço de Monte Novo2 do Raly Legends Luso Bussaco.
Logo à saída do acesso a Felgueira2 e ao entrar na EN.234 encontrámos o novo Campeão Nacional de Ralis 2021, ao qual fizemos de escolta durante algum tempo.


Chegados a Meligioso, constatámos que havia mais público do que em quase todos os locais onde tínhamos estado anteriormente e revivemos carros de outras épocas.


Foi ver até apetecer, ir à Mealhada meter AdBlue e fazer algum tempo num café no centro da Mealhada para irmos jantar um belo dum leitão a Aguada de Cima.

Por fim não posso deixar de enviar um sentido abraço de melhoras à mente brilhante que autorizou que se realizassem dois ralis separados por meia dúzia de km, permitindo-me assim que ao fim de 40 e tal anos a ver ralis tenha conseguido ver dois ralis num só dia.
Fica o filme do Rali.




terça-feira, novembro 02, 2021

Baja Portalegre 2021

Sábado, 30 Outubro 2021

Já que nos 2 últimos anos não estivemos presentes, para este ano pretendíamos ver alguma coisa de jeito, como quem diz, só no dia de sábado, mas em diversos locais.

O programa estava feito, mas na véspera, talvez com alguma ingenuidade, começámos a acreditar nas previsões meteorológicas e …fizemos asneira. Diga-se que a vontade de acordar às 6 da manhã também não era muita, ainda para mais com a chuva que se previa. Como tal, decidimos sair de casa às 10, ir almoçar ao Cabeção e depois de almoço logo se via como estava o tempo e onde iríamos ver.

A viagem foi calma, sem pressas e sem chuva, e fomos os primeiros clientes do dia no Palmeira. Depois de dois dedos de conversa, sentámo-nos e começámos a fazer o prólogo.













De seguida para não perder o ritmo iniciámos o SS1.


O restaurante de repente ficou cheio, e depois de uma breve consulta ao mapa da prova e ao Maps, decidimos ir a Amieira Cova ver um CC que permitia ver durante algum tempo a aproximação ao alcatrão.

Foi ver até chegar a hora que tínhamos previsto, e seguimos para a Tramaga para ver a travessia da Ribeira de Sôr.

Aqui foi mesmo ver até apetecer e voltar a casa. Não foi bem o programa que era suposto, mas o almoço no Palmeira fez valer a pena a alteração.

Para o ano voltaremos.

Fica o pequenino filme.






quarta-feira, outubro 20, 2021

Na Rota dos Templários Dia 2

10-10-2021

Ferreira do Zêzere -  Almada 256 km

O programa para hoje contemplava a visita a mais uns recantos do Zêzere, à vila de Dornes e à cidade de Tomar onde pretendíamos visitar o Convento de Cristo, e o Aqueduto dos Pegões.

Saímos do hotel às 10 da matina e depressa começámos a circular na EN.348. Curioso o facto de no Google Maps a estrada onde está a ponte parecida com a ponte da Arrábida que ontem fotografámos, ser o CM.1067, e não a EN.348, como os marcos que lá se encontram dizem. Toda a gente se engana…até o Google.




O que é certo, é que a ponte é mesmo comprida, e tem umas boas vistas para ambos os lados. Fomos seguindo a N.348 até ao km 88, onde deixámos as Nacionais e nos embrenhámos pelas Municipais de que tanto gostamos. O destino foi Zaboeira e a sua praia fluvial, que dispõe de uma plataforma artificial a formar uma piscina e uma zona para pequenas embarcações, ideal para a prática de vários desportos náuticos. É mais uma zona para banhos que a Barragem Castelo de Bode nos proporciona, distinguida com Qualidade de Ouro, devido à excelente qualidade da água da Barragem.
















O próximo destino foi Fernandaires, mas antes de lá chegar deparámos com um miradouro que nos escapou aquando da definição do track. Trata-se do recuperado e melhorado Miradouro de Fernandaires. O espaço, antes em estado natural, inclui agora uma plataforma em madeira com várias varandas sobre os rochedos, vedações, uma pérgula, mesas de piquenique e espaço para estacionamento de viaturas. Local com excelente vista e que recomendamos vivamente.


















Admiradas as vistas, descemos até Fernandaires e à sua Paria Fluvial. Mais uma praia dotada de uma piscina flutuante, assim como bar, balneários e zona de estacionamento. Foi também distinguida com a classificação Ouro da Quercus.







Continuando pelas Municipais, neste caso a 534-1 passámos por Vilar do Ruivo, Cardal Pequeno e chegámos ao Trízio.

A Praia Fluvial do Trízio é decididamente a mais cosmopolita destas bandas. Situada junto ao local onde a Ribeira da Sertã e a Ribeira da Isna se juntam ao Rio Zêzere, é bastante afamada para a prática de desportos náuticos. Aqui, localiza-se o Centro Náutico do Zêzere que possui embarcações disponíveis para aluguer,  restaurante e agradável esplanada. É um dos locais com mais tradição na prática do wakeboard, sendo que é o local que acolhe as provas dos últimos anos do campeonato nacional. Além do wakeboard, é ainda possível a prática de canoagem, ski aquático, banana e alugueres de gaivotas.

Dispõe de um parque de campismo com bastantes sombras para montar a tenda e ainda dispõe de lugares para estacionamento de autocaravanas.










Próximo destino era Dornes e para lá chegar,  tivemos de passar mais duas pontes, uma sobre a ribeira da Sertã e a outra sobre o Zêzere, a Ponte do Vale da Ursa.








Chegados a Dornes, demos uma volta de carro pela vila, estacionámos e fomos calcorrear a também conhecida por península encantada ou terra mítica dos Templários. Anterior à fundação da nacionalidade, (daí o ter somente 25 habitantes permanentes, segundo dados de 2017 😎😂) como comprovam os monumentos e os vestígios arqueológicos que por aqui se encontram, Dornes apresenta dois cartões de visita:

- a torre Templária, uma torre defensiva pentagonal única em Portugal, mandada erigir por Gualdim Pais, que foi grão-mestre da Ordem dos Templários em Portugal, como parte integrante de um sistema defensivo da Linha do Tejo contra os mouros, que incluía Tomar e Almourol.
-a Igreja de Nossa Senhora do Pranto, mandada construir pela rainha Santa Isabel, esposa do rei português D. Dinis em finais do século XIII, substituída por uma de maiores dimensões em 1453. Tem a particularidade de possuir um órgão de tubos oitocentista, imagens de pedra de Nossa Senhora do Pranto e de Santa Catarina, um púlpito de 1544 e um quadro a óleo denominado “Descanso na Fuga para o Egipto”.

















Não há fotos da Igreja porque havia missa e estava muita gente à porta. Aproximava-se a hora de almoço, seguimos para Tomar e depois de algumas voltas e alguma confusão lá conseguimos almoçar.





A velha nora está mesmo velha...
Depois de almoçar seguimos para o Convento de Cristo, mas a confusão era geral, muita gente junta e nada de lugar para estacionar. Cada vez há menos paciência para isto, pelo que tirámos umas fotos por fora e seguimos para o Aqueduto de Pegões.









O Aqueduto de Pegões, também conhecido por Aqueduto do Convento de Cristo, foi construído com a finalidade de abastecer de água o Convento de Cristo.  

A sua construção foi iniciada em 1593, no reinado de Filipe I de Portugal, tem cerca 6 km de extensão e 58 arcos de volta inteira, na sua parte mais elevada, sobre 16 arcos ogivais apoiados em pilares. A sua altura máxima é de 30 metros. Nos extremos apresenta casas abobadadas, que têm no centro, uma larga pia destinada à decantação da água.




















Tomar estava visto, o fim de semana a terminar e o “rolo” a acabar.
Ficam mais algumas fotos do regresso a casa.




























Como sempre, fomos recebidos de braços abertos.


Ficam o mapa e o filme do dia: