domingo, maio 30, 2004

ECOS DA MOSTRA NACIONAL DE AVENTRA


Pelo que vi e ouvi em Alcochete, parece-me que se aproxima a passos largos o fim da prepotência da FPTT, no que respeita ás exigências que esta entidade faz aos seus associados e também á Comunicação Social.
Consta também que a situação fiscal da FPTT está a ser analisada, conhecendo-se já alguns pormenores interessantes.
Circulava em Alcochete um manifesto que passo a transcrever:

 
O TODO-O-TERRENO TURÍSTICO (TTT), OS SIMPATIZANTES DO TODO-O-TERRENO LÚDICO/RECREATIVO/TURÍSTICO, E A FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TODO-O-TERRENO TURÍSTICO (FPTT)

 
SEGUNDO A LEGISLAÇÃO PORTUGUESA, E NO CUMPRIMENTO DA MESMA, OS PASSEIOS DE TT TURÍSTICO, TAL COMO QUALQUER OUTRO TIPO DE CIRCULAÇÃO EM VIAS PÚBLICAS, NÃO CARECEM DE QUALQUER LICENCIAMENTO OU PARECER FAVORÁVEL DA FPTT. SEGUNDO A LEGISLAÇÃO PORTUGUESA, NENHUMA PESSOA, GRUPO DE PESSOAS OU ENTIDADE CARECE DE SER FEDERADA PARA EFEITOS DA CIRCULAÇÃO NO ÂMBITO DE QUALQUER PASSEIO DE TT TURISTICO

 
O nosso País tem assistido, nos últimos anos, a um crescimento exponencial do número de praticantes
de TTT. Se os “jipes”, nos primórdios, serviam somente militares, agricultores, etc., cedo se lhes apontaram potencialidades lúdicas que não tardaram a ser aproveitadas
Hoje, pois, serão milhares em Portugal aqueles que dão a essas fabulosas máquinas uma utilização
lúdica e/ou desportiva. Ora, e se a massificação da actividade (TTT) acarretou benefícios de diversa ordem, permitindo a muitos, desde logo, usufruir em pleno do nosso riquíssimo património natural e
arquitectónico, o certo é que suscita também, cada vez mais, a cobiça de pessoas e interesses menos escrupulosos que, sob a bandeira da promoção do TTT ou da protecção da natureza, parecem sobretudo visar satisfazer interesses diferentes daqueles que seriam de esperar (supostamente a preservação da natureza, a formação/informação e a dignificação da actividade e dos seus simpatizantes, etc.). É o caso da Federação Portuguesa de Todo-o- Terreno Turístico (a FPTT).
Na verdade, a FPTT vem, nos últimos tempos, movendo uma campanha vergonhosa, junto das
Autarquias e forças policiais, tentando – ilegalmente – impedir a realização de todos os eventos de TTT que não se realizam sob a sua égide. Trata-se, como é evidente, de uma vergonhosa tentativa de monopolizar a actividade, içando, a pretexto, a bandeira de alerta contra temidos prevaricadores que devastam os nossos campos (que, ressalve-se, infelizmente também os há).
Ora, e na verdade, esta instituição (!?), em virtude da ignorância que, sobre a matéria, grassa - quer
nas autarquias, quer mesmo entre os próprios praticantes - , vem impedindo a realização de diversos eventos de TTT organizados por entidades federadas e não federadas. O estratagema utilizado consiste no envio de uma comunicação às autarquias e forças policiais (geralmente um “fax”), que, muito embora pejada de erros ortográficos e de pontuação, logra suscitar dúvidas e suspeitas sobre a legalidade e condições de segurança do evento “denunciado”. Em face disto, e não dominando a legislação aplicável, as forças policiais, como referido, de forma mais ou menos vacilante, impediram já a realização de diversos eventos.
É de realçar que a FPTT denunciou já eventos organizados por filiados seus que, porém, não pactuam com o rumo que a actual Direcção lhe vem imprimindo, e que poderão ter (ou não), questões do foro interno pendentes, a tratar exclusivamente no âmbito dos estatutos da mesma, questões estas que em nada poderiam condicionar a realização de um passeio de todo-o-terreno à luz da Legislação Portuguesa.
A FPTT não esclareceu, até hoje, porque se arroga o direito de “licenciar” ou de “dar parecer”
favorável ou desfavorável sobre determinado evento de TTT, a realizar por associados seus e também por
outras pessoas sem qualquer relação com esta Federação, muito embora sejam inúmeras as solicitações de
esclarecimento que entidades federadas e não federadas efectuaram nesse sentido.
Note-se, porém, que, em princípio, aceitamos de bom grado a existência de uma entidade aglutinadora, recenseadora, formadora, educadora, moralizadora, promotora, colaboradora, que zele pela protecção da natureza e recursos naturais – escassos, mas públicos – e que represente todos os simpatizantes e praticantes de TTT, não apenas no papel, mas principalmente nas acções e posições.

 
 Forum-TT, Landmania Clube de Portugal, Legião Land Rover,Clube Audio TT,Attalaia Clube, Amigos do UMM, Rota Lezíria – Clube TT deSantarém, AGA – Ars Gratia Artis – Associação Cultural