quarta-feira, julho 09, 2014
terça-feira, julho 08, 2014
Rali de Portugal 2014-dia 3
Sábado, 5 de Abril de 2014
O dia de hoje, na verdade começou
ainda ontem. Ao chegar ao quarto, comecei a rever mentalmente por onde iria
passar no dia seguinte, e eis senão que me lembrei de uma coisa deveras importante:
não conseguia chegar a Monte Abaixo, pois o troço de S.ª Clara começava ainda
no alcatrão da EM. 543, o que inviabilizava o acesso a Monte Abaixo, local que
queria atingir, para a partir daí ir á ZE. 13 de Almodôvar e daqui ia atingir Sª Clara , 3 km depois. Eu
gosto destas coisas…..inventar e aparecer onde não está ninguém.
Gorada esta hipótese, logo se
arranjou uma alternativa, mas vamos por partes.
Saímos de Aljustrel pela
fresquinha, 7:00 da matina, com destino a Santana da Serra onde nos iríamos
encontrar com o pessoal da véspera e mais o Cardoso e Cª que vinham de Almada
nesse dia. Chegados a Santana, visão indescritível, filas com km antes e depois
da povoação, a avenida principal cortada ao trânsito e literalmente inundada de
pessoas, bem…a lembrar Arganil dos velhos tempos. Mais um pouco chega o
Cardoso, para o carro próximo do nosso, bem junto á praça de táxis, com a
benevolência da GNR, diga-se em abono da verdade, e ficámos á espera do Romana
que vinha do Algarve. Fomos beber um café, toca o telemóvel, era o Romana,
estava a chegar e a dizer que até a estrada de terra para Cimalhas, que era
para onde queríamos ir, estava toda cheia de pessoal a estacionar e a vir para
trás a pé, e que eles iam entrar para lá, estacionar e esperar por nós. Assim sendo,
fomos embora, realmente aquilo estava complicado, mas todos queriam estacionar,
e nós queríamos mesmo era ir frente, como quem vai para o “salto”, para apanhar
o Ourique da véspera e seguir o road book até chegar ao Sª Clara, próximo de
Montinho dos Góis. Passada a confusão inicial, foi sempre a andar e lá chegámos.
Estava um GNR sozinho, que até ficou satisfeito de ter a nossa companhia.
Foi ver até apetecer, quer dizer…vimos
demais, pois até ao Malhão demorou mesmo muito tempo. Voltámos a Santana, seguimos
para Azilheira, e eis que á saída de Azilheira vejo uma tabuleta a indicar
Monte Abaixo para a esquerda, para um estradão mesmo com bom aspeto. Nem
percebi bem como me tinha escapado aquele estradão, mas ficou registado para
futuras incursões por estas bandas. Fomos seguindo até S. Barnabé, a confusão
do costume e a estrada bem estreita e com montes de trânsito de frente, é que
só cabe mesmo um em montes de sítios, e lá fomos calmamente e a ver as horas a
passar. A ideia era ir até Felizes e aqui seguir um caminho visível a partir do
Google Earth que nos levaria a ver Malhão fora de uma ZE. Mas …algumas vezes
não corre bem, e foi o que aconteceu, o caminho acabava na “casa do homem”…toca
a ir para a ZE 24, e aqui já se sabe, os primeiros param a km, a seguir os próximos
voltam para trás, fica tudo enguiçado, e com montes de lugares mesmo á porta,
como pudemos confirmar, depois de uma boa caminhada. O sitio até deveria ser agradável
se não estivesse aquela gente toda, mais interessada em fazer o almoço e beber
cerveja, do que propriamente em ver os carros, mas …é mesmo assim.
Com isto tudo não vimos nada de
jeito, o cheiro das bifanas estava a abrir o apetite, e vamos lá mas é almoçar.
Como de tarde queríamos ir ver o Santana da Serra, dava jeito almoçar em Azilheira,
e foi isso que decidimos, mas para lá chegar, fomos mesmo a Monte Abaixo para
confirmar o tal estradão que tínhamos visto de manhã, lá estava ele, cheio de
bom aspeto e com bom piso, e que torna a ligação muito menos demorada. Fomos
almoçar ao restaurante da véspera, igualmente cheio, e depois deixámo-nos ficar
pelos medronhos até ser hora de ir andando. Lá fomos até ao acesso para Rio
Torto, toca a estacionar os carros, fomos todos nos dois jipes, aquilo era
complicado para carros convencionais, e 4,2 km depois estávamos num sítio
verdadeiramente espetacular. Dois topos onde se saltava bem, uma curva á
direita e depois toda a descida até Fitos, depois ainda se via toda a subida á
saída de Fitos. E foi mesmo por aqui que nos despedimos da edição deste ano, e
quem sabe da última por estas bandas. Ficam 9 passagens em 2 dias, o que nem é
mau, e muitas histórias por contar.
Para o ano há mais, mais a norte…
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