quinta-feira, setembro 22, 2011

A minha primeira vez em Marrocos – Taouz - Zagora

Quinta -feira 10-06-2010

Para hoje o programa das festas consistia em montar o CP2 em Taouz e rumar a Zagora. Programa curto, só 350 km em alcatrão. Nada como uma noite bem dormida para acordar bem-disposto e pronto para novos desafios. Banho tomado, saímos á rua e….primeira surpresa, tínhamos dormido junto á maior duna do Erg Chebi.
Auberge Le Touareg
Sentámo-nos para tomar o pequeno almoço… segunda surpresa, foi mesmo nesta mesa e estava óptimo.

Estava na hora das despedidas, e foi com muita vontade de ali ficar mais uns dias que nos fomos embora. Até Taouz foi um instante e quando chegámos já os companheiros que iam fazer o reabastecimento das motos, tinham a tenda montada. Convencemo-nos mesmo que era ali o local.
Começamos a montar a nossa barraquinha, a mesa e as cadeiras e quando estava tudo pronto…chega o Orlando de helicóptero, afinal não era mesmo ali, eram 200 metros ao lado, mas que faziam toda a diferença, pois os concorrentes vinham de um fora de pista e no CP entravam na pista para reabastecerem 100 metros mais á frente. Grande azáfama, mas tudo se resolveu num ápice.
Foi altura de acalmar e esperar pelos fregueses.
Episódio engraçado e que fica registado: durante a mudança de local do CP, caíram-me os óculos, tive a “habilidade” de os pisar e ficaram um bocadito torcidos. E não é que quem nos apareceu hoje e nos fez companhia, foi mesmo o Sr. Hélder Oliveira, director-geral do Grupótico, e pai do piloto com o mesmo nome. Claro que os óculos…ficaram a estrear. Estava tudo a correr bem, até sabermos do acidente do filho, somente 10 km antes do local onde estávamos.
Sporting campeão é o que ali diz
Depois de todos terem passado e estarmos prestes a ir embora, aparecem dois policias e lá entendemos o que eles pretendiam. Queriam saber onde estavam os concorrentes que partiram e não chegaram ali. Realmente estavam bem informados, pois sabiam quantos concorrentes tinham iniciado o Sector Selectivo e quantos tinham passado em CP 2, mas não lhe conseguimos satisfazer a curiosidade. Em condições normais de comunicações, como quem diz, se a prova fosse em Portugal, bastava uma chamada e resolvia-se, mas aqui…era bem mais complicado.
Não é o que parece, é o António a apanhar pedras...
E com isto tudo estava na hora de ir embora, como de costume fomos os últimos a ir embora, ainda pensámos em ir pela pista que se disputava no dia seguinte, mas o bom censo imperou, sozinhos não era mesmo aconselhável, embora fosse mesmo o caminho mais curto. Toca a andar, passamos mais uma vez junto ao Auberge Le Touareg e seguimos para Rissani onde pretendíamos atestar, mas a coisa estava difícil, o gasóleo estava esgotado, foi um dia de muito movimento por aqueles lados. Já a ficarmos preocupados lá encontramos uma bomba onde ainda havia. Atestado o maquinão, seguimos para Tazzarine, terra onde foi filmado a parte que decorre em Marrocos, do filme Babel.
De Tazzarine para frente a estrada estava em obras, e lá andámos uns Kms em terra, também já merecíamos…
Até que por fim entrámos no fabuloso Vale do Draa, paisagens fabulosas e muita gente na estrada, as povoações sucediam-se, e muita gente vivia por ali. O que faz ter um rio com água…


À entrada de Zagora começou o vento algo forte e com bastante areia. Pensámos nós que era uma tempestade de areia, mas não…era só uma amostra, isto na verdade só constatámos no dia seguinte, mas isso são outras estórias.
Entrámos na cidade e de imediato começámos a ser abordados por motociclistas a entregarem pela janela do jipe com este em andamento, cartões-de-visita de oficinas.
A mais conhecida era mesmo a do Chez Aziz, a muito conhecida Garage Iriki. Felizmente o maquinão não necessitava mesmo de nada, era só pôr gasóleo e seguir viagem.

Nesta noite ficávamos no Hotel Reda 30°20.472’N 5°50.213'W . Quando chegámos deparámos com uma piscina mesmo apetecível, e não nos fizemos rogados.

Jantámos e ficámos pela esplanada do hotel, e assim se passou mais um dia.

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