sábado, agosto 21, 2021

Porto, Galiza e Arouca Dia 4

04-08-2021
Lestrobe - Lestrobe 255 km 

O dia de hoje teve duas partes distintas. Pela manhã fomos até Santiago de Compostela com a ideia, não de visitar a cidade, mas sim de visitar a Catedral e toda a zona envolvente. De tarde fomos continuar a nossa descida da costa, sendo que começámos em Cee e terminámos, por hoje, em Noia. Costa recortada pela Ria de Corcubion, pelas enseadas de Ezaro e Carnota e finalmente pela enorme Ria de Muros e Noia.
Santiago fica a 28Km de Lestrobe, pelo que rapidamente lá chegámos. Pelo caminho, que em parte é o Caminho Português de Santiago, fomos encontrando Peregrinos, aliás isso foi uma constante diária por onde quer que andássemos.




A Catedral de Santiago de Compostela, também Sé da Arquidiocese, é um templo católico construído entre 1075 e 1128, em estilo românico, tendo sofrido depois várias reformas que lhe adicionaram elementos góticos, renascentistas e barrocos.
Segundo a tradição, acolhe o túmulo do apóstolo Santiago Maior, padroeiro e santo protetor de Espanha, o que a converteu no principal destino de peregrinação cristã na Europa a seguir a Roma. É um importante destino de peregrinação, para o que contribui a renovada popularidade do Caminho de Santiago a partir dos anos 1990, que levou à catedral mais de 270 000 peregrinos registados.
A catedral foi declarada Bem de Interesse Cultural em 1896 e a chamada cidade velha de Santiago de Compostela, que se concentra em torno da catedral, foi incluída na lista do Património Mundial da UNESCO em 1985.
Para ter uma visão global do edifício, é mais eficaz apreciar a grande maquete atualmente exposta na secção da Praça de Pratarias do Museu das Peregrinações e de Santiago.
Estacionámos no Parque João XXII, dirigimo-nos à Rua de São Francisco onde tomámos um café e comprámos a célebre Tarta de Santiago na Pastelaria La Perla, mais à frente registámos o Convento de S. Francisco, o monumento a S. Francisco de Assis e entrámos na Praça do Obradoiro, onde se encontra o Ayuntamento no Paço de Raxoi e a fachada Ocidental da Catedral, também chamada de fachada do Obradoiro.


Ficam mais algumas de fotos de pormenores da Catedral:
















E também da cidade velha:










Por fim algumas do interior:












Para terminar fica um pequeno filme  da Catedral


De Catedral estava feito e fomos apanhar o azimute das Rias…
Ontem deixámos a costa em Sardiñeiro de Abaixo e hoje começámos em Cee, 6 Km ao lado. Claro que à entrada de Cee trauteámos o êxito dos GNR.
Cee é uma pequena vila com 7500 habitantes, que tem a particularidade de ter uma praia, a Praia de Concha, precisamente no fim da Ria de Corcubion.







Seguindo viagem, e pouco antes de Ezaro deparámos com o Miradouro de Gures, de onde é possível fotografar a Ilha da Lobeira Grande, sita em  42° 52.857'N  e  9° 11.077'W

Ilha da Lobeira Grande



 
A primitiva ocupação humana desta ilha remonta a um castro, o "Castro Lupus". A mais antiga referência documental à Lobeira, dá-a como local de nascimento, no século IX, de Teodomiro, bispo de Iria Flávia, que, segundo a lenda, foi um dos descobridores do sepulcro do Apóstolo Santiago.

As coisas que o Google sabe...

Chegados a Ézaro, fomos apreciar a sua famosa queda de água, a Fervenza do Ézaro como se diz em Galego. A água é proveniente do Rio Xallas que depois de se libertar da Preza do Embalse do Ézaro se precipita de 40 metros de altura descendo a encosta até ao sopé, indo desaguar no Atlântico poucas centenas de metros mais adiante.







Estávamos a passar por O Pindo quando vimos uma agradável esplanada de seu nome Sol e Mar e não nos fizemos rogados, foi mesmo ali que demos continuação à nossa dieta.



Já mais recompostos, fomos seguindo até Noia, local onde deixaríamos a linha de costa e voltaríamos a Lestrobe. Até lá chegar passámos por Caldebarcos, Carnota e Lariño, onde nos desviámos ligeiramente da rota e fomos visitar o Farol de Ponta Larinho, e qual não foi o nosso espanto, demos com um agradável hotel. Por cá vendem-se as escolas primárias, por lá vendem-se os faróis…feitios.











Toda esta zona de Muros até Noia é verdadeiramente bonita. A estrada segue a serpentear pelas reentrâncias da enorme Ria de Muros e Noia, que tal como as restantes está repleta de viveiros de marisco.












Chegados a Noia, Município com cerca de 15000 habitantes, demos uma pequena volta pela cidade e seguimos para Padrón.





Padrón é um pequeno Município, com cerca de 8500 habitantes, da Província da Corunha, e tornou-se famoso por dois motivos bem díspares.
O primeiro e mais antigo tem a ver com uma lenda que reza assim:
Depois da sua morte em Jafa (Israel), os restos mortais de Santiago foram transportados para Padrón e depois depositados num local remoto, no monte Libredón, onde hoje se ergue a catedral de Santiago de Compostela. Num monte não muito longe do centro da vila, do outro lado do rio Sar, encontra-se um outro lugar de culto a Santiago: a pedra em cima da qual, de acordo com a lenda, Santiago celebrou missa. Desde que os restos mortais do apóstolo foram levadas para Santiago de Compostela, Padrón tornou-se o princípio da rota até ao sepulcro para os peregrinos que chegam pelo mar.

O segundo, tem a ver com os célebres pimentos de Padrón, “uns pican e outros non”

São pequenos pimentos com cerca de 5 cm de comprimento, com uma cor que varia do verde brilhante ao verde amarelado e, ocasionalmente, vermelho. A sua peculiaridade reside no facto de que, embora o seu sabor seja geralmente suave, uma minoria (10-25%) é particularmente picante. O facto de um determinado pimento ficar picante ou não depende da quantidade de água e do sol que recebe durante o seu crescimento, além da temperatura. Diz-se que apenas regar o solo da planta provavelmente produzirá pimentões mais suaves, ao passo que regar a planta inteira, incluindo folhas e caules, produz pimentos da variedade mais picante.
Os pimentões costumam ser fritos em azeite  até que a pele comece a formar bolhas e a pimenta desfaça. Em seguida, são servidos quentes com o óleo e uma camada de sal grosso, às vezes acompanhados de pedaços de pão, como tapas.









Para terminar o dia, nada melhor do que jantar em Padrón, e provar a especialidade da terra.



Para terminar ficam o mapa e o filme do dia:







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