sexta-feira, 9-08-2019 Burgos - Bragança 380 Km
Hoje era dia de voltar a Portugal, mas antes ainda tínhamos mais umas coisas para ver e alguns quilómetros para andar. O dia começou com uma volta pelas avenidas de Burgos e uma visita á Catedral.
A Catedral de Santa Maria de Burgos, para além de ser o monumento mais conhecido e visitado da cidade, é também, segundo os especialistas, uma das construções góticas mais espectaculares do continente europeu. A sua construção iniciou-se em 1221 e recebeu inspiração das catedrais francesas de Chartres, Amiens, Reims e Notre Dame de Paris. Foi declarada Monumento Nacional em 1887 e recebeu o título de Património da Humanidade em 1984, por altura dos trabalhos de restauração.
Iniciámos a nossa visita entrando pelo Arco de Santa Maria,uma das 12 portas medievais que a cidade teve durante a Idade Média.
arco de Santa Maria |
pormenor do teto |
Também o Caminho de Santiago por aqui passa.
Na Praça de Santa Maria podemos também ver o monumento do Peregrino.
Nas imediações registámos ainda mais umas esculturas engraçadas.
El Cid, cavaleiro espanhol sobre quem se contam algumas lendas, nem todas abonatórias |
Admirado Burgos, seguimos até Puebla de Sanabria, última cidade espanhola antes de Portugal, e onde iríamos almoçar e atestar. O caminho foi um misto de autovias e estradas nacionais, que nos levaram a atravessar a Meseta Central, grande planalto, com uma altitude média de 660metros, bastante árido, com uma baixa densidade populacional, e onde os povoados distam uma boa distância uns dos outros. É aquela zona que todos os peregrinos que por lá passam, descrevem como das mais difíceis de todo o Caminho.
Atravessado o "deserto", chegámos a Puebla de Sanabria, era dia de Mercado Medieval, que se realiza anualmente perto de 15 de Agosto. Uma multidão passeava e fazia compras. Bafejados pela sorte conseguimos estacionar bem perto do centro da pitoresca vila. Fomos passear, ver o mercado e por fim almoçar a um restaurante verdadeiramente espactacular, dá pelo nome de Meson Abelardo.
Meson Abelardo |
Foi bem almoçados que nos fizemos ao caminho para Rio de Onor, antiga fronteira por onde entraríamos em Portugal. A aldeia comunitária de Rio de Onor está inserida no Parque Natural de Montesinho, concelho de Bragança, sendo atravessada pela fronteira com Espanha. Do lado português temos Rio de Onor, e do lado espanhol temos Rihonor de Castilla. A aldeia é atravessada pelo rio Onor, com uma bonita praia fluvial. Rio de Onor subsiste ainda como aldeia comunitária. Este regime pressupõe uma partilha e entreajuda de todos os habitantes que se pode observar na partilha dos fornos comunitários, de terrenos agrícolas onde todos devem trabalhar e na partilha de um rebanho, pastoreado nos terrenos comunitários. Rio de Onor partilha com a aldeia alentejana de Marco uma outra característica única — a aldeia é atravessada a meio pela fronteira internacional entre Portugal e Espanha, com ambas as partes conhecidas pelos seus habitantes como "povo de acima" e "povo de abaixo", não se distinguindo assim de facto como dois povoados diferentes.
espectáculo... |
Rio de Onor do lado espanhol |
o "posto fronteiriço" |
o marco que traça a linha de fronteira |
Daqui o destino era Bragança, mas queríamos ainda passar por França. Para isso passámos também por Aveleda.
Aveleda |
Tirada a foto da praxe em França, seguimos até Bragança, demos uma volta pela cidade e pelo castelo, fomos comprar um cartão para a câmara que o original tinha ficado cheio, fizemos o check-in e fomos jantar a Gimonde, onde escolhemos o restaurante Abel e não nos arrependemos.
Bragança |
Gimonde |
Por hoje estava quase feito, fica o mapa e o filme do dia:
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