quinta-feira, agosto 22, 2019

Normandia 2019 dia 4

Domingo, 4-08-2019 Saint-Nazaire - Saint Lô 386Km



Para hoje tínhamos um programa aliciante: visitar Rennes, Dinan, almoçar em Saint-Malo e passar o final da tarde no Monte Saint Michel. Tanto sitio turístico para visitar ao Domingo criava alguma expectativa quanto à confusão, mas até que nem correu mal.
Saímos de Saint-Nazaire e fomos por estradas quase sempre com 2 faixas embora sem portagens até Rennes, onde estacionámos, não no parque que pretendíamos, pois estava fechado, mas talvez por ser Domingo, arranjámos lugar bem no centro da cidade. 

arte urbana em Saint-Nazaire

estas saídas das estradas com 2 vias são estranhas

Blain

Rennes

Rennes







Rennes é a maior cidade da Bretanha, e um grande centro universitário que recebe anualmente muitos estudantes vindos de todos os lugares do mundo. Começámos a nossa visita pela Catedral Saint-Pierre de Rennes, uma das nove catedrais históricas da Bretanha. Seguimos para a Ópera de Rennes localizada na Praça da Mairie. Não sei se propositadamente ou não, mas o edifício da ópera possui uma fachada convexa e a Mairie em frente à ópera, possui uma fachada côncava dando uma impressão de duas peças que se encaixam. 



Catedral Saint-Pierre de Rennes




Praça de La Mairie
Ópera de Rennes








De seguida fomos ver a Praça Champs de Jacquet, onde admirámos a arquitectura dos edifícios chamados maison à colombages ou maison à pans de bois. No centro da Praça está a estátua do ex-prefeito de Rennes Jean Leperdit.
Por fim e bem perto de onde tínhamos deixado o carro encontra-se a Porte Mordelaise que data do século III e era a principal entrada da antiga cidade fortificada. Estava completamente tapada pois encontra-se a ser restaurada.

Praça Champs de Jacquet
































Rennes é bastante interessante, mas com tanta visita já não deu tempo de parar em Dinan, que também é uma cidade bem bonita. A caminho de Dinan passámos por estas máquinas de outros tempos.





Lanvallay

Dinan




Chegámos a Saint-Malo e a primeira coisa que se vê ao chegar é a sua imponente fortaleza. Este antigo refúgio de piratas e corsários tem mais de 1.700 metros de muralhas. Inicialmente construídas no século XII pelo Bispo Jean de Châtillon, foram no decorrer da 2ª grande guerra bombardeadas pelo 3º exército do general Patton, que embora tenha destruído a resistência alemã, acabou por devastar a cidade, que demorou 30 anos para ser novamente restaurada.  A parte de Saint-Malo que fica do lado de dentro das muralhas chama-se intramuros. É nesta área histórica que se encontra grande parte dos restaurantes, espaços culturais, e lojas. O seu habitante mais célebre foi Jacques Cartier, um marinheiro que “descobriu” o Canadá no século XVI.

Saint-Malo




a entrada do intramuros





Jacques Cartier



tanta chaminé...


xau Saint-Malo



O tempo não dá para tudo, toda a Bretanha e Normandia mereciam muito mais tempo, mas …o próximo destino era o Monte Saint-Michel, esse ícone, que vim a saber ser o segundo local mais visitado de França, logo a seguir à Torre Eiffel. Pelo caminho deliciámo-nos a apreciar todas as localidades por onde íamos passando pela D155 na zona de Saint-Benoît-des-Ondes. Cada localidade mais bonita do que a anterior, o mar logo ali, inúmeros restaurantes e viveiros de marisco, hotéis e pensões bem típicos, enfim, bonito mesmo. Mais um pouco e tivemos a primeira visão do Monte.






Alguns Km mais e chegámos aos parques de estacionamento, aquilo funciona muito bem, arruma-se o carro, apanha-se um dos vários autocarros grátis que fazem o vai-vem até ao Monte, e paga-se, unicamente com cartão, quando se retira o carro. Prático, eficiente e de preço acessível.
Ao chegar fomos recebidos assim...não havia necessidade ó Macron...





O Monte Saint-Michel é uma ilha rochosa na foz do Rio Couesnon, onde foram construídos uma abadia e um santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel. Originalmente chamado de Mont Tombe, e em seguida de Mont-Saint-Michel au péril de la mer (Monte Saint-Michel em perigo do mar) foi mandado construir por Saint-Aubert, bispo de Avranches no ano 708.
Transformado em prisão sob o reinado de Luís XI, o monte recebeu prisioneiros até 1860. A Revolução Francesa prendeu aí os resistentes. Quando a prisão foi fechada no século seguinte, após um decreto imperial, os 650 prisioneiros de Estado foram transferidos para o continente. O culto foi restaurado em 1922, mas as peregrinações só foram reiniciadas em 1966 por ocasião da celebração do milénio da abadia. 
Além de ser local de peregrinação religiosa, outro grande motivo para a numerosa afluência ao Monte é assistir às marés. Quando a maré baixa, o mar afasta-se 15 km da costa. Reza a lenda que quando começa a encher, é tão rápido quanto um cavalo a galope.
Por fim falamos do restaurante La Mère Poulard, onde é servido o prato mais clássico do Monte Saint-Michel: uma omelete! O prato que era servido aos peregrinos que visitavam o Monte passou a prato de alta gastronomia e hoje cobra-se uma boa maquia para experimentar a textura única da tal omelete. O restaurante aparece inclusive na lista do Guia Michelin!

moinho de Moidrey, mesmo a chegar ao Monte










Église Saint Pierre





Depois de uma cerveja retemperadora, na verdade duas… foi altura de voltar a andar de autocarro até ao parque de estacionamento, pegar no carro e seguir viagem até Saint-Lô, local da nossa pernoita de hoje. Breve voltinha pela cidade que se assemelhava a uma cidade fantasma, tal a ausência de pessoas e locais abertos. Por hoje estava feito, amanhã seria dia de Praias do Desembarque.


Fica o mapa e o filme do dia :






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