domingo, agosto 20, 2023

Verão 2023 - dia 2

 04-08-2023 Arrifana-Arrifana

Para hoje tínhamos previsto um percurso de sensivelmente 80 Km à volta de Arrifana, repleto de locais interessantes para visitar.
A menos de 5 minutos do hotel tínhamos Podence, aldeia que em 2019 viu o seu tradicional Entrudo Chocalheiro ser classificado pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade. Para isso muito contribuiu  o simbolismo dos seus "caretos", figuras masculinas e diabólicas que, sob máscaras e trajes de vivas cores, saem à rua com frenéticos chocalhos para atazanar as raparigas e brindá-las com rituais de fertilidade.
Para além dos caretos, tem também Podence um casario tradicional maioritariamente decorado por grandes murais de arte urbana, que, em traços definidos e cores vibrantes, recriam não só cenas do Entrudo Chocalheiro, como também algumas figuras públicas apreciadas na terra.  Esses murais são pintados por Ricardo Dobrões, conhecido no universo da street art, como “Trip Dtos”.
















Podence é uma aldeia bastante fotogénica, até fizemos um pequeno vídeo:


Estava na altura de deixar os caretos e seguir viagem. Os próximos destinos seriam os gnaisses de Lagoa e a descontinuidade de Conrad.  Para lá chegar passámos por Morais, nome que a par de outros que fui vendo - Zoio, Chacim, Corujas, Malta, etc - me fizeram lembrar que por aqui andei em 2002 e 2004 a acompanhar o então chamado TMN Rali de Portugal, que  aqui se disputou de 2002 a 2004, anos em que esteve fora do Mundial.
Passámos por Morais...



e pouco mais à frente vimos a tabuleta que indicava Gnaisses, estacionámos e depois de um pequeno trajecto em terra deparámo-nos com os Gnaisses, "que mais não são do que  rochas metamórficas que derivam de rochas que, outrora, fizeram parte de um antigo continente e que foram movimentadas sobre o atual, por mais de 200 km, há cerca de 400 milhões de anos."
Geologia não é o nosso forte, íamos mesmo era à espera de ver água a correr, conforme a ilustração que lá está mostra, pelo que a coisa foi...decepção.




Mas como não somos de desistir...continuámos numa de geologia, seguiu-se a descontinuidade de Conrad.
Afinal o que é a descontinuidade de Conrad?
Há quem diga que é isto:
"A descontinuidade de Conrad corresponde ao limite sub-horizontal na crosta continental em que a velocidade da onda sísmica aumenta de forma descontínua. Este limite é observado em várias regiões continentais em profundidades de 15 a 20 km, porém não é encontrado em regiões oceânicas ."
Foi aqui que entendemos que não percebemos nada disto, mas....adiante, ficam as fotos, pois temos um público bastante eclético, onde não faltam verdadeiros especialistas em geologia e afins 😎





Ao observar esta última foto, aquele estradão que se vê, trouxe-nos à memória uma passeata de Polaris em 2017 em que fizemos uma travessia a vau do Rio Sabor. Pormenores do passeio aqui , e os filmes aqui 
Na verdade o estradão que nos levou ao Rio Sabor em 2017, não era aquele, mas era sensivelmente a 7km a montante daquele. Para ser mais exacto era em 41º26.544'N  6º41.402'W
De geologia estava feito, e com isto tudo aproximava-se a hora de almoço. Para hoje elegemos o Restaurante Saldanha, não no Atrium Saldanha mas em Peredo, e para lá chegar tivemos de atravessar o Sabor, mas por uma recente ponte.




Chegados a Peredo e ao Restaurante Saldanha, escolhemos a dieta transmontana...Posta. Antes da posta e sem termos pedido qualquer entrada, ela chegou na mesma e desta forma




Depois de almoço, continuámos pela EN 216, que nos levaria até Macedo de Cavaleiros, mas fizemos 2 desvios, um para passarmos a Barragem de Camba, e outro para passar pelo interior da aldeia de Chacim, nome  de que também nos lembrávamos de ter passado em 2002 ou 2004.









O calor fazia-se sentir, o que nos levou a ir beber uma água fresca a Macedo de Cavaleiros, o que se viria a revelar, só mais tarde percebemos, determinante para termos de regressar a casa dois dias antes do previsto, mas isto são outras histórias.
De Macedo fomos até ao Azibo, conhecer as suas praias. Não parámos na da Fraga da Pegada, mas na da Ribeira vimo-nos na obrigação de ir à praia.





Regressámos ao Hotel, e começámos a sentir que algo de errado estava a acontecer com a garganta, voltámos a Macedo, e quando fomos jantar  continuámos com a dieta transmontana...hoje foi dia de costeleta


Por hoje estava feito, amanhã seria dia de alheiras...
Fica o mapa e o filme do dia





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