sexta-feira, outubro 15, 2021

Na Rota dos Templários Dia 1

09-10-2021
Almada - Ferreira do Zêzere 260Km

Há mais de um ano que este passeio estava delineado. Por motivos vários só agora foi possível realizá-lo. Tínhamos para este passeio 3 objectivos: visitar o Castelo de Almourol, descobrir os recantos mais escondidos da enorme Albufeira da Barragem do Castelo de Bode e visitar o Convento de Cristo em Tomar. 
Assim pelas 9 da matina lá nos fizemos ao caminho. Parámos na zona de serviço da Lançada nascente, para o pequeno almoço, conforme é hábito, fomos andando de seguida até Vila Nova da Barquinha, e pelo caminho fomos mais uma vez admirando as bonitas rotundas temáticas, murais e inúmeros cartazes de touradas, que demonstram que no Ribatejo a afición é enorme.
Breve paragem em Vila Nova da Barquinha, onde tomámos um café na zona Ribeirinha e seguimos para o Castelo de Almourol. 



























Situado numa ilhota a meio do Rio Tejo, o Castelo de Almourol é um dos monumentos mais emblemáticos que se podem encontrar em Portugal, pelo seu significado e pela paisagem envolvente.
A sua história relembra a Reconquista do território durante a Idade Média. Quando aqui chegaram os cristãos em 1129, o castelo já existia sob o nome de Almorolan, tendo sido então incluído nas terras entregues à guarda dos Templários, sob as ordens de Gualdim Pais. Segundo uma inscrição existente na entrada, as obras de reconstrução datam de 1171.
Depois de extinta a Ordem dos Templários e terminada a necessidade de defesa do território, acabou por cair no esquecimento, sendo recuperado pelo espírito Romântico do séc. XIX que orientou o seu restauro e lhe deu o aspecto que vemos actualmente.
Vítima do terramoto de 1755, a estrutura foi danificada, vindo a sofrer mais alterações durante o romantismo do século XIX. 
O castelo foi entregue ao Exército português na segunda metade do século XIX, sob a responsabilidade do comandante da Escola Prática de Engenharia de Tancos, a que está afecto até aos nossos dias.













Despedimo-nos de Almourol e rumámos a Constância onde fomos almoçar. Pelo caminho passámos pela antiga Base Aérea nº3, hoje conhecida por Brigada de Reação Rápida, onde fui Araújo, e do outro lado da estrada podemos observar um toucinho do céu a planar.








Chegados a Constância, atravessámos a ponte de ferro sobre o Zêzere, que já tínhamos passado quando da nossa vigem As Travessias do Tejo, e fomos almoçar. A fataça e a açorda de ovas estava boa e a maminha não lhe ficava atrás. Depois de almoço fomos então dar uma volta pela vila.
Constância foi conquistada aos mouros em 1150 e foi feita vila em 1571 por carta de D. Sebastião. Aquando das Invasões Francesas foi profundamente vandalizada. É aqui que o Zêzere encontra o Tejo, e foi também aqui que a tradição garante que viveu Camões. A Casa dos Arcos está intimamente ligada à sua memória. 







Foi em Rio de Moinhos que abandonámos de vez as estradas Nacionais e nos começámos a embrenhar nas Municipais  e mesmo em alguns caminhos. Só momentaneamente  para a passagem da Barragem de Castelo de Bode voltámos a pisar uma Nacional. Antes da barragem ainda fomos a Aldeia do Mato, onde começámos a entender a dimensão da Albufeira. Registámos a vista do miradouro e a praia Fluvial.







Saímos daqui por uma estrada de terra que ainda pensei ser o antigo troço de Martinchel, mas confirmei depois que não tinha nada a ver, rumo a Martinchel e à Barragem do Castelo de Bode.
Situada no Rio Zêzere numa zona de grande beleza, a albufeira da Barragem do Castelo de Bode é uma das maiores em Portugal e estende-se ao longo de 60 km entre os concelhos de Tomar, Abrantes, Sardoal e Ferreira do Zêzere.
Inaugurada em 21 de janeiro de 1951, é utilizada para abastecimento de água, designadamente a Lisboa, produção de energia eléctrica, defesa contras as cheias e actividades recreativas.









Mais à frente chegámos a uma aldeia de nome Serra onde se podia ver bem no centro da aldeia um posto de vigia e antenas do Siresp.





















Os nomes curiosos eram uma constante e o nosso objectivo era passar numa estrada que me recordo de ter passado no Transportugal de 2008, esta cabecinha ainda funciona, 😎 da qual se tinha uma boa vista para a ilha do Lombo.







A coisa não correu bem, o caminho foi fechando até que um rego provocado pelas chuvas nos obrigou a voltar para trás, mas logo se arranjou uma alternativa para retomar o track mais à frente, o Maps.me é uma maravilha.
Continuámos por mais umas Municipais até à Praia Fluvial da Bairrada onde no Google se via uma bonita esplanada onde planeávamos beber uma coisita fresca, mas… só lá estava a barraquinha fechada e a alcatifa verde, de frescas…nada. 






Não desanimámos e seguimos para o Lago Azul. Passámos pelo Aeródromo de Ferreira do Zêzere, e quando chegámos ao Lago Azul e Praia Fluvial da Castanheira gostámos do que vimos.
















Foi com estas bonitas paisagens do Lago Azul e Praia da Castanheira na retina que seguimos para Ferreira do Zêzere onde pernoitámos.
Para finalizar  o dia, jantámos bem.




Ficam os mapas e o filme do dia :








Amanhã há mais.


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