Sexta-feira 11 Junho 2021 Almada – Abrantes 245km
Foi
a pensar que a uma sexta-feira que se seguia a um feriado, se tornaria bem mais
fácil passar a 25 de Abril às 8 da manhã para Lisboa, que escolhemos o dia 11
de Junho para dar início a esta nossa viagem.
Na
realidade ainda não eram bem 8 horas e já fazíamos a nossa primeira travessia.
Começámos logo em grande.
A Ponte 25 de Abril é uma ponte suspensa rodoferroviária que liga as cidades de Lisboa e Almada. A ponte atravessa o estuário do Tejo na parte final e mais estreita — o designado gargalo do Tejo.
Tem
2 277 metros de comprimento, 190 de altura e um vão livre de 1 013 metros, o que a torna na 33.ª maior
ponte suspensa do mundo. O tabuleiro superior alberga 6 vias rodoviárias,
enquanto que o tabuleiro inferior alberga duas linhas ferroviárias
eletrificadas a 25 kW AC.
A
construção começou em novembro de 1962 e prolongou-se por quatro anos. Foram
pelo menos 20 os trabalhadores que perderam a vida, bem mais do que o anunciado
na altura. Foi inaugurada em 6 de agosto de 1966, então apenas com um tabuleiro
rodoviário. Em 29 de julho de 1999 foi inaugurado o tabuleiro ferroviário. A
sua construção custou à volta de 11 milhões de euros e no projeto estiveram
envolvidos 3 mil trabalhadores diários.
Ao
que consta o primeiro carro que
atravessou a ponte foi um Austin Seven verde.
Finalizada a travessia seguimos por uma 2ª Circular que se apresentava igualmente bem calma, no que a trânsito diz respeito, e dirigimo-nos para a segunda ponte da nossa lista.
A
Ponte Vasco da Gama é uma ponte atirantada sobre o estuário do Tejo, na
área da Grande Lisboa, ligando o concelho de Alcochete a Lisboa e Sacavém.
Com
os seus 12,3 km de comprimento (que se dividem em 0,8 km de ponte principal e
11,5 km de viadutos), é a mais longa ponte da União Europeia, a segunda mais
longa da Europa após a Ponte da Crimeia e uma das mais extensas do mundo.
A
construção iniciou-se em fevereiro de 1995 e terminou três anos depois. A Ponte
Vasco da Gama foi inaugurada em 29 de março de 1998, dois meses antes da
abertura da Exposição Mundial. O seu nome comemora os 500 anos da chegada de
Vasco da Gama à Índia, ocorrida em maio de 1498. A 22 de março de 1998 foi
servida na ponte uma mega-feijoada, que teve direito a inscrição no Guinness
World Records como maior ponte da Europa e a mesa onde a feijoada foi servida
conquistou o prémio de maior Mesa do Mundo com 15.000 pessoas e 5.050 metros de
comprimento. A sua construção custou à volta de 900 milhões de euros e, no
projeto, estiveram envolvidos 3.300 trabalhadores.
No
final da Ponte , junto ao Samouco, estava a começar mais um dia de trabalho.
Também por aqui há uma “Odemira”.
Tomado
o pequeno-almoço na área de serviço de Alcochete, continuamos rumo ao Porto
Alto, registando pelo caminho a antiga Ponte das enguias, por onde passava a EN.118,
e uns belos exemplares de toiros de lide.
A
Ponte tem 1224 metros de comprimento com um tabuleiro central de 524 metros
divididos em cinco vãos de 104 metros. Foi a
primeira portagem em Portugal, pois o Governo de então assumiu que
deveria ser paga pelos seus utilizadores. Ao que consta a portagem terminou
quando ficou paga…
De
seguida fomos ver a Marina de Vila Franca de Xira, junto ao Jardim Constantino
Palha.
Continuamos
por dentro de Vila Franca, saímos pela EN.1 e seguimos para a Ponte da Lezíria,
que foi a 4ª travessia.
A
Ponte da Lezíria liga o Carregado na margem norte do rio Tejo, a Benavente, na
margem sul, numa extensão de cerca de 12 km. Esta extensão torna-a a nona ponte
mais extensa do mundo e a terceira da Europa depois da Ponte Vasco da Gama em
Lisboa e da Ponte da Crimeia, na Rússia (inaugurada em 2018). Tem a
particularidade de passar sobre dois rios:
o Tejo e o Sorraia. A sua inauguração foi a 8 de Julho de 2007.
Depois
deste intervalo bem interessante, seguimos para a 5ª travessia, a Ponte Rainha
D.ª Amélia. Pelo caminho fomos sentindo o aroma proveniente dos imensos
tomatais e ainda paramos bem junto ao rio.
Em
2001 foi finalmente alvo de obras e reconvertida para tráfego automóvel e
pedonal, ligando deste modo, Muge, no concelho de Salvaterra de Magos, e Porto
de Muge, no concelho do Cartaxo, bem como a localidade de Valada, que, antes
desta ligação, ficava frequentemente isolada em períodos de cheia.
Ao
chegar a Santarém passamos pela Feira Nacional da Agricultura, e aproveitamos
para ir matar saudades do antigo local onde esta se realizava e onde estivemos
presentes várias vezes.
Ainda
era cedo para o almoço pelo que fomos fazer a nossa visita a Santarém antes de
almoço. Portas do Sol, Torre das Cabaças e Igreja de Santa Maria da Alcáçova
foram alguns dos locais.
Para
almoçar escolhemos Almeirim, e para lá chegar, nada melhor do que ir pela nova
ponte de Santarém, a Ponte Salgueiro Maia sobre o rio Tejo no IC10, está
situada junto ao vale de Santarém a jusante da cidade.
Foi
inaugurada em 11 de Junho de 2000. A ponte tem um comprimento total de 4300
metros sendo a travessia sobre o Tejo uma ponte com tirantes de 570 metros de
tabuleiro e o resto em viaduto.
O nome da ponte é uma homenagem ao capitão Salgueiro Maia. A ponte não tem iluminação, pois a luz interfere com um aeródromo localizado nas imediações.
Chegados
a Almeirim lá fizemos o esforço de fazer dieta…
Já
mais aconchegados seguimos para a nossa 7ª travessia do dia, a Ponte D. Luís I
também chamada Ponte de Santarém sobre o rio Tejo na Estrada Nacional 114 que une
Santarém a Almeirim.
Foi
inaugurada em 17 de Setembro de 1881 e foi considerada na altura, a maior da
Península Ibérica, a terceira da Europa e a sexta do Mundo, ficando como um dos
exemplares da arquitectura do ferro.
Tinha
um comprimento total de 1 213 metros, uma largura de 6 metros a altura de 22
metros
A
ponte foi alargada em 1956 com projecto inovador de Edgar Cardoso.
De Santarém até à Golegã fomos circulando na EN.365. Bonita estrada que tem a particularidade de passar por todos aqueles locais que costumamos ouvir quando chegam as inundações. Vale Figueira, Reguengo do Alviela, Pombalinho, Azinhaga, terra natal de José Saramago, Brôa, terra da afamada Coudelaria de Manuel Veiga, todas elas ficam nesta estrada ou bem perto. Até que chegamos à Golegã onde o cavalo e tudo o que o rodeia tem um destaque que até nos sinais de trânsito se nota.
Foi pelo Dique dos vinte, onde está assente a Estrada Nacional 243 que nos dirigimos para a Ponte da Chamusca, que foi a nossa 8ª travessia do dia.
A
Ponte João Joaquim Isidro dos Reis, conhecida popularmente como Ponte da
Chamusca, está localizada na Estrada Nacional 243, e une a vila de Chamusca com
a vila Golegã. Esta estrutura, inaugurada em 1909, é mais um exemplar
emblemático da construção em ferro, muito em voga no final do século XIX e no
início do século XX.
A
ponte tem uma extensão de 756 m, sendo constituída por 11 tramos, dos quais os
da extremidade são semelhantes e com um vão de 57,1 m, tendo os restantes nove
tramos, iguais entre si, um comprimento de 71,3 m.
O tabuleiro da ponte é metálico, sendo a sua
largura constante de perfil transversal e com duas faixas de rodagem. Os
passeios subdividem-se em duas partes: a interior ao caixão, e inacessível aos
peões, e a exterior à superstrutura, destinada à passagem de peões.
À
saída de Arrepiado esperava-nos um miradouro com uma vista soberba. O Miradouro
de Almourol, conforme o nome indica tem uma vista espectacular sobre o Castelo
de Almourol e sobre o rio. Claro que fomos lá confirmar.
O dia de hoje aproximava-se do fim, só faltava a 9ª e ultima travessia do dia, a Ponte da Praia do Ribatejo é uma ponte sobre o rio Tejo que liga as EN3 e EN118, unindo Praia do Ribatejo ao município de Constância.
Inaugurada
em 1889 inicialmente era uma ponte ferroviária, entre as estações de Praia do
Ribatejo e Almourol.
Em
1959, devido ao mau estado da estrutura, a CP construiu outra ao lado, assente
sobre os mesmos pilares. A linha abandonada foi cedida às câmaras de Vila Nova
da Barquinha e Constância que a adaptaram a ponte rodoviária, inaugurada em
1988.
Em
Novembro de 2007 esteve encerrada devido a um deslizamento do tabuleiro.
Em
20 de Julho de 2010 foi novamente encerrada por razões de segurança, sendo de
novo reaberta em dia 6 de Abril de 2011.
De
pontes estava feito, por hoje, seguimos até Abrantes em busca do merecido
descanso.
Fica o filme do dia:
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