quarta-feira, setembro 02, 2020

Entre Douro e Minho - dia 6

Terça, 4 de Agosto 2020 Barrega - Srª da Graça - Barrega 134 km

Confirmado que o acesso ao Monte Farinha tinha sido reaberto após o incêndio, pusemo-nos ao caminho e fomos ver esse ícone para os amantes da natureza, da fé, do desporto, da religião e do turismo nacional e internacional  que dá pelo nome de Senhora da Graça. O Monte Farinha eleva-se, a um altitude de cerca de mil metros, ostentando no topo a  ermida de Nossa Senhora da Graça. Local mágico e cativante recheado de história e de vestígios arqueológicos, de lendas e de tradições. 

O Santuário dista 13 km do centro da vila de Mondim de Basto.

O acesso ao Santuário faz-se pela EN. 312 que liga Mondim a Ribeira de Pena com desvio à direita para a subida do monte. A estrada é larga, tem bom piso betuminoso e é ladeada por rails de protecção.
Para os amantes do pedestrianismo, existe o antiquíssimo caminho pedonal que ainda hoje é percorrido pelos romeiros e pelos peregrinos e que se encontra devidamente sinalizado.
Paralelamente ao acesso principal, os amantes das motas, dos jipes e dos trilhos de aventura, encontram trilhos e estradões de terra batida que dão acesso a sítios de deslumbramento.

Reedificada na segunda metade do séc. XVIII sobre as ruínas de uma ermida mais antiga, provavelmente do séc. XVI, a capela do santuário, de planta centrada, destaca-se pela possante arquitectura, toda em granito, com coberturas em cúpula e em abóbadas de berço. 

De Barrega à Srª da Graça, são somente 30km, pelo que rapidamente lá chegamos. Pelo caminho registamos a nova ponte sobre o Rio Veade, e a construção de outra ponte, esta sobre o Tâmega que encurtará o acesso a Mondim de Basto. Como não poderia deixar de ser a imagem mais marcante de toda a manhã foi o Monte Farinha, visível praticamente desde que saímos do hotel.

a primeira visão, ainda bem longe





ponte em construção sobre o Tâmega



início da subida

A subida em si apresenta um desnível de 620 metros ao longo dos seus 8,5 quilómetros, com rampas que chegam a atingir 10,5% inclinação máxima.

Para além de épica, esta é uma subida mítica no historial ciclístico do nosso País, sendo um dos palcos mais carismáticos das chegadas da Volta a Portugal. 

Neste dia apresentava mesmo era uma imensidão de Bombeiros espalhados pela estrada e certas zonas ainda fumegantes.









os professores andaram por lá



Chegados lá acima foi altura de deslumbramento pela paisagem que dali se avista.


O espaço em si é assim:






A vista é deslumbrante, somente estragada pelo incêndio que por ali andou nos últimos dias.

o fogo chegou até ao parque de estacionamento, esta roulote estava lá aquando do incêndio


já a descer

gosto mesmo de rectas curvantes

Era suposto sair daqui por uma estrada de terra que nos levaria a entroncar na EM.1191-1 perto de Fundo da Vila, mas....a estrada ainda fumegava, pelo que continuamos a descer a Rampa até ao cruzamento para  Crastoeiro e mais á frente entroncamos então na EM. 1191-1. 
Cá de baixo, mais propriamente de Vilar de Ferreiros a vista era assim:








Continuando por municipais passamos Bilhó e um pouco mais à frente, já na EM.1200 paramos a admirar a cascata de Bilhó e em amena cavaqueira com um pastor que por ali pastava as suas cabras, ficamos a saber que:

-na Internet não dão chuva para os próximos 15 dias, assim a cascata vai continuar com pouca água.





sempre presente e visível





Seguimos agora para as Fisgas do Ermelo, já a saber que água por ali também não abunda.A Cascata das Fisgas de Ermelo é uma das maiores quedas de água da Europa, com um desnível de cerca de 400 metros, assentes em rochas quartzíticas com aproximadamente 480 milhões de anos. Foi a fracturação destas rochas duras que permitiu que o Rio Olo nelas se tenha “enfisgado”, dando origem ao nome popular pelo qual é conhecida a mais bela cascata do território continental português. Tem ainda a particularidade de não se precipitar num único salto vertical: fá-lo em vários saltos. Antes do inicio das quedas de água existe a montante um grupo de lagoas de águas cristalinas muitos usadas nas épocas de veraneio.














fotógrafa sofre...

Seguimos para Mondim, mas um pouco antes fizemos um desvio para ver a Capela do Senhor da Ponte e a Ponte medieval de Vilar de Viando. Trata-se de uma ponte reabilitada em 2003, edificada na Baixa Idade Média e integrada na via de  ligação do Concelho de Ermelo às Terras de Basto, fundamental no atravessamento do Rio Cabril, à época um dos mais impetuosos da região.






















Chegados a Mondim, seguimos para Celorico de Basto, onde pensavamos almoçar, mas a coisa não agradou, demos uma volta e seguimos para Amarante.



Estacionado o carro fomos almoçar a um Restaurante com um nome curioso, Estoril, e almoçamos bem. Estava calor, mesmo assim demos uma volta perto do rio, visitamos a Igreja de S. Gonçalo e seguimos viagem.




o doce regional de Amarante, o S. Gonçalo











A tarde estava quente, o que apetecia era piscina, e foi isso que fizemos, no entanto a caminho do Hotel ainda fomos espreitar o Castelo de Arnóia. Castelo românico, situado  na Terra de Basto, enquadra-se no movimento de encastelamento que entre os séculos X e XII marcou o território europeu.










daqui ainda se via

caminho para "casa"
Ela lá estava solitária à nossa espera...




foi já mais frescos que desta forma terminámos mais um dia.







Fica o mapa e o filme do dia:








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