quinta-feira, agosto 13, 2020

Entre Douro e Minho - dia 2

Sexta-feira,31 de Julho 2020 P. de Lima - P. de Lima 222 Km


O dia de hoje tinha para nós dois pontos altos: as aldeias de Sistelo e a de Cevide. Da primeira tínhamos curiosidade quanto aos seus sucalcos, que a fizeram ser uma das vencedoras das 7 Maravilhas de Portugal. Da segunda ansiávamos descobrir o que a tornou conhecida : o local onde se encontra o marco nº1 de Portugal, e que significa que ali está o marco fronteiriço   português que marca o início do nosso país, o lugar onde começa Portugal.

Saímos de Ponte de Lima pelas 9 horas de uma manhã agradável com 19 graus de temperatura e rumamos a Ponte da Barca. Pelo caminho fizemos a primeira paragem em Bravães para admirar o Mosteiro de São Salvador de Bravães. A  Igreja Matriz é o que resta do antigo Mosteiro Beneditino dos finais do séc. XII e princípios do séc. XIII. É considerada e sem dúvida reconhecida como a melhor obra prima da arte românica de Portugal, através dos seus trabalhados existentes nas diversas partes do Templo.



O próximo destino foi Ponte da Barca, terra que se acredita ser a terra natal de Fernão de Magalhães, o primeiro homem a dar a volta ao mundo em circum-navegação.








Rumámos de seguida a Arcos de Valdevez, onde bebemos um café e demos uma volta a pé pela cidade.
O Relógio de Água é um dos seus ex-libris e encontra-se bem no centro do Largo da Lapa, onde ainda visitamos a Igreja de Nossa Senhora da Lapa, de 1767, em estilo barroco, e a Capela de Nossa Senhora da Conceição.

centro histórico de Arcos de Valdevez

Ponte velha

relógio de àgua; são 10 horas

Igreja de Nossa Senhora da Lapa

Capela de Nossa Senhora da Conceição

Pelourinho de Arcos de Valdevez

evocação do Recontro de Valdevez











O Sistelo aproximava-se e perto de Riba Nogueira abandonamos a EN.101  e seguimos pela EN.202-2  que para começar nos brindou com esta ponte sobre o Rio Vez.






Mais uns quilómetros e eis que chegámos à aldeia do Sistelo, vencedora das 7 Maravilhas de Portugal. Ganhou o cognome de Pequeno Tibete Português por causa dos verdejantes socalcos. Como não fazemos a coisa pela metade, subimos ao miradouro dos espigueiros, perto da Capela, de onde se vê a Aldeia de outra perspectiva.













Eis um pequeno filme da aldeia do Sistelo, que na verdade nos desiludiu um pouco, talvez por estar reconstruída de mais e parecer pouco natural.



Aproximava-se a hora de almoço que estava previsto ser em Melgaço, no Solar do Alvarinho. Para chegar a Melgaço com apetite, nada melhor do que seguir por estradas Municipais, e foram algumas todas de seguida e por esta ordem : 503-1, 503, 1124, 1312, 1151-1 e 1155, mais um bocadinho da EN.202  e chagamos ao Solar do Alvarinho mesmo à hora de almoço, mas....o Solar, ao contrário do anunciado, fechava para almoço, ao que tivemos de mudar de planos, e em boa hora o fizemos, pois almoçamos muito bem no After Work.
















Bem almoçados, foi altura de rumar a Espanha para atestar. São Gregório era perto e rapidamente fomos e viemos. Para a posteridade fica a nota de que atestámos a 1,199€, como quem diz 30 cêntimos a menos do que em Portugal.









Esta seria a primeira das 3 vezes que hoje entraríamos em Espanha. Atestada a viatura seguimos até Cevide onde fomos descobrir o tortuoso caminho que nos levaria até ao Marco nº1 de Portugal. Este marco está localizado no ponto mais setentrional de Portugal, precisamente onde o Rio Trancoso desagua no Rio Minho, e é, como se costuma dizer, onde começa Portugal. Na verdade é longe, mesmo muito longe. Por outras palavras é o nosso Cabo Norte…




















Fica um pequeno filme da "aventura"


Depois de fazer check ao Marco, seguimos para a ponte sobre o Rio Trancoso junto ao antigo posto da Guarda Fiscal, e que tem a particularidade de ter a meio uma placa alusiva à linha de fronteira.



Também registámos este momento em modo "cinematográfico"


Felizes mas bastante cansados, e depois de mais uma incursão a Espanha, seguimos para Monção, não sem antes fazermos nova incursão por terras espanholas para irmos ver uma praia fluvial junto à ponte sobre o Rio Minho. A praia não era mesmo logo ali....pelo que demos meia volta e seguimos para Monção.



Em Monção limitámo-nos a uma volta de carro pela vila e uma subida ao castelo para ver as vistas. O cansaço da caminhada até ao Marco fazia-se sentir...














O próximo destino prometia, era assim como que uma bênção para as nossas preces...uma tacinha de Alvarinho no Palácio da Brejoeira era o que tinhamos em mente, mas a indiferença com que fomos recebidos, e a ausência de provas, ao que nos pareceu...  fez-nos fotografar o Palácio e continuar com securas.





A tarde ia avançando, e a nossa volta aproximando-se do fim, mas ainda fomos espreitar Valença, a fortaleza, e pouco mais. Aproveitamos também para finalmente beber a tal taça de Alvarinho, e acabámos até por comprar duas garrafas. 







Daqui seguimos para Labruja, onde relembrámos o final de um dos troços de Ponte de Lima do Rali de Portugal e por fim fomos visitar o Santuário do Senhor do Socorro, que para além de estar fechado, também se encontra em obras, pelo que a visita foi rápida. Conste no entanto que este templo construído em 1773, de uma só nave, tem capela-mor e fachada rococó com duas torres. O recinto está ornamentado com várias estátuas religiosas e tem na escadaria estátuas de anjos a tocarem trombeta.







Daqui a "casa" foi um instante, não resistimos ao chamamento da piscina. Fomos jantar a Ponte de Lima, e assim terminou mais um dia deste périplo minhoto.






Fica o mapa e o filme do dia:













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