A Estrada Nacional nº 2 atravessa Portugal de Norte a Sul
, é a estrada de maior extensão do país, e ao que consta a terceira maior do
mundo, logo a seguir à route 66 nos Estados Unidos, e à ruta 40 na Argentina.
Tem o seu início em Chaves (Km 0) e termina em Faro (Km 738,5), passando por 11
distritos (Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Santarém,
Portalegre, Évora, Setúbal, Beja e Faro), 8 províncias, 4 serras, 11 rios e 35
concelhos.
A EN2 confunde-se com a própria história, sendo que muitos
segmentos já eram as principais vias romanas que atravessavam a Lusitânia.Com o
passar do tempo, as principais vias foram sendo melhoradas e ligadas umas às
outras e até ao final do séc. XIX, grande parte daquela que é hoje a EN2 já era
Estrada Real.
Foi Fontes Pereira de Melo, durante as grandes campanhas
de obras públicas realizadas, enquanto Duarte Pacheco foi ministro, o responsável
pela junção de todos os caminhos que vieram a ser a versão final da Estrada
Nacional 2.
Na Foz do Dão, em Santa Comba Dão, a estrada atravessava a
Ponte Salazar que estabelecia os limites dos concelhos de Santa Comba Dão,
Penacova e Mortágua. Com a construção daBarragem da Aguieira, parte deste percurso ficou submerso, sendo
necessário circular alguns quilómetros pelo IP.3, sendo no entanto possível chegar ao antigo Km 224 local onde a EN2 mergulha nas águas da Barragem da Aguieira.
Em 2003, o troço entre Almodôvar e São Brás de Alportel
(55 km) foi requalificado como Estrada Património. A intervenção incluiu a
melhoria do pavimento, criação de áreas de repouso, restauro das casas de
cantoneiros, abate de espécies invasores, poda de árvores e arbustos junto à
estrada e reabilitação de miradouros e fontanários.
Em Novembro de 2016 foi criada a Associação de Municípios
da Rota da Estrada Nacional 2, um projecto turístico que une as cidades de
Chaves a Faro, englobando 33 municípios, com o objectivo de dinamizar o turismo
ao longo do itinerário da antiga EN.2.
Agora, a Estrada Nacional 2, deu mais um passo nessa direcção: já está à venda o “Passaporte EN2”. O documento é uma edição da
Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2, e pretende incentivar
turistas nacionais e estrangeiros a percorrer a estrada que atravessa todo o
País. Foi posto à venda pela simbólica quantia de 1€, nos postos de turismo e câmaras
municipais dos municípios aderentes, ou através do e-mail geral@rotan2.pt. A
ideia é que os turistas possam ir recebendo carimbos pelos locais onde passam
ao longo da rota: não só dos municípios, mas dos locais imprescindíveis de
paragem, em cada um deles.
O lançamento do passaporte é mais uma acção da Associação
que foi constituída em Novembro de 2016, para lançar o projecto turístico EN.2,
liderado pela Câmara de Santa Marta de Penaguião. Na prática, a nova associação
quer concretizar a geminação da EN.2, com a Route 66, nos Estados Unidos da
América, e a Ruta 40, na Argentina. Num projecto inédito, transregional e
que deverá ter apoio do Governo e até de fundos comunitários, pretende criar-se
uma identidade na estrada, torná-la um percurso turístico à escala
internacional, e combater no processo a desertificação dos concelhos do
interior.
A estrada nacional 2 foi eleita um dos 19 locais a visitar
no mundo em 2019, anunciou a editora norte-americana Frommer's, especialista em
viagens. Na sua página de Internet, sob o título "Melhores sítios para ir em
2019", a Frommer's lembra o boom do turismo nas praias ensolaradas
portuguesas e nas cidades de Lisboa e Porto, mas avisa que em Portugal os
viajantes mais sagazes podem fugir às multidões, explorando o bonito e por
vezes negligenciado Interior, apontando como exemplo a EN2, a equivalente
portuguesa da norte-americana Route 66.
De acordo com a Froomer's, a EN2 oferece uma icónica
viagem por estrada, desde a cidade romana de Chaves, perto da fronteira a norte
com Espanha, até às amenas praias da costa sul algarvia.
A editora norte-americana explica que a EN2, que atravessa
35 municípios ao longo do seu percurso, desenvolve-se através de paisagens
ásperas e pouco visitadas, passando por sítios que são património mundial da
UNESCO, montanhas selvagens, elegantes cidades termais, lagos intocados e uma
cadeia de cidades históricas e aldeias fotogénicas.
Quinta-feira,20 de Junho 2019 Almada - Chaves - 505 Km
Para este primeiro dia, a ideia era ir almoçar ao Restaurante típico do Mézio, pois seria a única oportunidade para tal, e já que estávamos por estes lados queríamos provar o tão falado arroz de salpicão e chegar cedo a Chaves para visitar a cidade e tirar a foto da praxe na rotunda do Km 0 para adiantar serviço.
Aproveitando a benesse de ser feriado, rapidamente se passou a Ponte 25 Abril, a segunda circular e nos fizemos à Auto-Estrada. Desta vez teve mesmo de ser pela Auto-Estrada.
Foi fazer quilómetros de seguida, e pagar portagens também. E pronto, lá vieram as comparações com Espanha.
Adiante, antes que fique de mau humor. A viagem pouco tem que contar, foi seguir pela A1 até à saída para o IP3, que entretanto passa a A24, sair no nó 7 para ir até ao Restaurante Típico do Mézio onde almoçamos.
A1 perto da saída para a A23
O IP3 no seu melhor...
A24
A24
Restaurante Típico do Mézio
O arroz de salpicão ficou aquém das expectativas, o cabrito, esse sim estava muito bom, e depois de um café seguimos viagem. Voltamos a entrar na A24, atravessámos o Douro vinhateiro, fomos admirando a A24, que é uma auto-estrada diferente das outras, digo eu, e seguimos até Vila Verde de Raia, onde passámos a antiga fronteira e seguimos até à primeira povoação espanhola para atestar a preços menos caros do que os praticados neste cantinho. Voltamos a Portugal e seguimos até Chaves.
A 24
A 24
eclusa da Régua, vista da A24
A 24
onde a A24 se cruza com a A4, perto de Vila Real
A 24
antiga fronteira de V.V. de Raia
Feces de Abaixo
entrada em Chaves, vindo de Espanha
Chegados a Chaves e feito o chek-in foi altura de irmos conhecer a cidade. Visitamos as Igreja de Santa Maria Maior e da Misericórdia, demos uma volta pelo Castelo, admiramos a Ponte de Trajano, e provamos a água termal, que brota da fonte a 76ºC.
A Igreja de Santa Maria Maior remonta ao Séc. XII, mas foi quase totalmente reconstruída nos Séc. XVI e XVIII.
Igreja de Santa Maria Maior
Igreja da Misericórdia
Câmara Municipal
posto de turismo
rua do centro histórico
torre de menagem do Séc. XIV
vista da cidade a partir do castelo
a afamada Pastelaria Maria onde se fabricam os melhores pastéis de Chaves
rua do centro histórico
rua do centro histórico
fonte das termas de chaves; a água sai a 76ºC.
forte aguaceiro com que fomos brindados junto ao rio Tâmega
Ponte de Trajano
algures em Chaves
depois da chuva veio esta calmaria
Para terminar o dia em beleza fomos jantar uma carne de vaca grelhada à Taberna Benito que estava divinal.
E foi assim bem alimentados que fomos dar mais uma voltinha pelas ruas de Chaves para terminar este primeiro dia.Fica o filme do dia:
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