Mais um dia com bastantes
quilómetros, pelo que pelas 8 e meia saímos de Salamanca, com uns agradáveis
20ºC. O primeiro ponto a visitar seria Santander, praia do Sardinero e Los
Raqueros. Para lá chegar era só seguir as autovias 62 e 67 e passados 370 km estávamos
lá. Pelo caminho passamos junto a Tordesilhas, situada junto ao Rio Douro e
onde em 7 de Julho de 1494 os monarcas Isabel e Fernando, reis de Castela e
Aragón, e o rei D. João II de Portugal assinaram o Tratado que estabelecia uma
divisão das terras conquistadas pelas coroas portuguesa e espanhola. O tratado tinha
como linha de demarcação o meridiano 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão,
no arquipélago de Cabo Verde. As terras da parte ocidental pertenceriam à
Espanha e as orientais, à Coroa Portuguesa.
Mais uns km e era Valadoli a
ficar para trás, a que se seguiu Palência, terra onde nos vimos obrigados a
comprar uma bateria da outra vez que por lá passámos, até que chegamos a Santander.
Chegados a Santander, que estava cheio de veraneantes, demos uma volta pela praia e como ainda era cedo, decidimos ir almoçar a Castro Urdiales. Aqui chegados, tudo o que era restaurante com bom aspeto e com a esplanada à sombra estava cheio, pelo que não fomos propriamente felizes na escolha, mas o polvo até que estava bom. Depois de almoço demos uma volta pelo porto, o calor ia apertando, 27ºC, pelo que fomos andando para Bilbau. Antes disso passamos por Portugalete e fomos visitar a Ponte da Biscaia. Esta ponte construída por Alberto Palacio e inaugurada em 1893, liga a cidade de Portugalete com o bairro de Las Arenas. Consiste numa estrutura alta de aço e uma plataforma móvel suspensa por cabos de aço onde os veículos são transportados de um lado ao outro do rio. Desta forma permite também a passagem de navios e barcos com uma boa altura. Tem 164 metros de comprimento, 45 metros de altura e sua gôndola pode transportar 6 carros e dezenas de passageiros sendo que cada travessia leva 1,5 minutos. Nos dois pilares da ponte que tem 50 metros de altura, há elevadores que permitem que os visitantes andem sobre a plataforma da ponte, de onde se tem uma vista do porto e da baía de Abra.
Santander
Santander
Santander
Castro Urdiales
Castro Urdiales
a caminho de Bilbau
Ponte da Biscaia
Admirada a ponte foi altura de rumar a Bilbau e fazer o check-in. Depois de nos refrescarmos, fomos até ao centro de Bilbau, estacionado o carro e como ainda era cedo, fomos visitar, por fora o Museu Guggenheim. O Museu é um dos cinco museus pertencentes à Fundação Solomon R. Guggenheim no mundo. Projetado pelo arquiteto canadiano naturalizado norte-americano Frank Gehry, é hoje um dos locais mais visitados da Espanha. Começou a ser construído em 1992, tendo sido concluído em 1997. Externamente, o museu é coberto por superfícies de titânio curvadas em vários pontos, que lembram escamas de um peixe. Do átrio central, que tem 50 metros de altura e lembra uma flor cheia de curvas, partem passarelas para os três níveis de galerias. Visto do rio, o edifício parece ter a forma de um barco. As exposições no museu mudam frequentemente e contêm principalmente trabalhos realizados ao longo do século XX. Muitos consideram o edifício mais importante do que as obras que fazem parte da colecção do museu. Aquando da nossa visita decorria uma exposição da artista portuguesa Joana Vasconcelos, sendo que no exterior sobressaía a peça “Solitário”. Trata-se de um anel feito com 112 jantes de automóvel e 1324 copos de cristal Atlantis. Tem três toneladas de peso.Depois do intervalo cultural, fomo-nos dedicar a outra atividade que muito prezamos: a gastronomia, e para hoje escolhemos a La Batea Mejillonerías. Bom marisco a contrastar com a antipatia da empregada, mas...valeu a pena. Para regressar ao hotel fomos pela parte antiga de Bilbau e….o Intendente e a rua do Bemformoso comparadas com aquilo são um luxo, e mais não digo. Mais um dia passado e o Tourmalet cada vez mais perto.
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