quarta-feira, outubro 11, 2023

À Volta do Alqueva dia 2

 06-10-2023 Reguengos - Reguengos

Hoje saímos pela fresquinha, havia muita coisa a ver e alguns Km a fazer, nem sempre pelos melhores caminhos...
A primeira paragem foi em S. Pedro do Corval, para visitar a Casa do Barro - Centro Interpretativo da Olaria. "A Olaria de São Pedro do Corval é uma referência do Concelho de Reguengos de Monsaraz, para além de representar um elemento da sua identidade e especificidade, constituindo-se numa mais-valia local.
São Pedro do Corval, o maior centro oleiro da Península Ibérica, é uma aldeia com muitas vidas feitas em torno do barro. Conta atualmente com 21 olarias em funcionamento, estando a sua existência datada do período da dominação romana e árabe".












Visitado o Centro foi altura de visitar uma olaria em funcionamento e seguir viagem.
Chegados à aldeia de Telheiro, subimos a Monsaraz, embora tenhamos ficado pela rotunda de homenagem ao Cante Alentejano. Já visitámos algumas vezes o interior das muralhas de Monsaraz, pelo que desta feita nos limitámos a contemplar aquela imensidão de água que a partir  do fecho das comportas em 8 de Fevereiro de 2002 começou a fazer parte da paisagem.





Admirado este local de que gostamos bastante, foi altura de voltar ao nosso track e seguir para o Convento da Orada e Cromeleque do Xerez.

"Situado junto a Monsaraz o Convento da Orada destaca-se na planície alentejana. A sua igreja está ligada ao nome de D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável que aqui rezou entre as suas batalhas contra os Castelhanos. O Convento da Orada foi construído entre os anos de 1700 e 1741 tendo albergado a Ordem dos Agostinhos Descalços até princípios do século XIX. É atualmente um lugar aberto ao público, com alojamento, eventos, galeria, entre outros."


"Quanto ao Cromeleque do Xerez,  foi erguido entre os inícios do 4.º e meados do 3.º milénio a.C. tendo sido identificado em 1969 por José Pires Gonçalves, após a sua descoberta por José Cruz e Leonel Franco. 
Este monumento megalítico é constituído por 50 menires de granito, de forma fálica, cuja altura varia entre 1,20m e 1,50m, desenvolvendo-se a partir de um menir central faliforme, com uma altura de cerca de 4metros. Este cromeleque foi o único monumento da região a ser transferido em 2004 devido à construção da barragem de Alqueva, para junto do Convento da Orada na aldeia de  Telheiro."



Daqui seguimos até Outeiro e para continuar a relatar o passeio tenho de explicar uma coisa. Não aprecio passear por onde o Gps me manda, vai daí faço os meus tracks pelo google e depois navego pelo Organic maps que funciona sem net e como tal, trabalha sempre. Ora do Outeiro até à Praia Fluvial das Azenhas d'El Rei, tinha de passar por Montesjuntos e foi este o trajecto que o google me deu.


Fui pelo traço azul, verdade seja dita que não reparei no tempo previsto que dá uma média de 30km/h, mas nunca pensei que estivesse como o filme seguinte mostra.


Acabado o martírio das pedras, chegámos a Montesjuntos, felizes por não termos furado e satisfeitos pelas vistas que fomos encontrando.



























Já retemperados, seguimos para a  Praia Fluvial das Azenhas d'El Rei.  Está situada na Área de Recreio e Lazer das Azenhas D`EL Rei, inserida numa das margens da Albufeira de Alqueva, a 3Km da localidade de Montesjuntos, freguesia de Capelins, no concelho de Alandroal. A praia fluvial é a primeira no concelho de Alandroal e irá integrar a rede de Praias Fluviais de Alqueva. Local bastante bonito e bem arranjado.






O tempo não pára e depois de uma pequena volta pela bonita praia seguimos para Juromenha, onde pretendíamos almoçar. Juromenha tem 3 restaurantes, um estava fechado, outro estava cheio e o outro completamente vazio...fomos almoçar a Olivença que até é nossa e tudo.







Para ir de Juromenha para Olivença é necessário atravessar o Guadiana. O Google manda ir dar a volta a Elvas. Não me convenci à  primeira, passei a modo satélite, e vi o que depois vim a confirmar ser um belo estradão, só que... do nada surgiu um portão de ferro fechado a cadeado...meia volta e vamos lá ver se se arranja outro acesso sem ser o de Elvas. Ele realmente apareceu, mas já bem perto de Elvas, mesmo com estas aventuras  todas chegámos a Olivença, e até gritámos:

- Olivença é nossa

"No início do Séc.XIX e no contexto das Guerras Napoleónicas, a praça de Olivença é tomada por forças franco-espanholas, sendo Portugal obrigado a cedê-la a Espanha. Com o fim do poderio Napoleónico e a sua derrota militar na Europa, o Congresso de Viena de 1815, consagrou a legitimidade dos direitos de Portugal aquele território. Espanha assinou o Tratado, reconhecendo os direitos de Portugal... sem qualquer efeito até hoje."

Confusões à parte, Olivença é bem bonita. Vestígios portugueses são vários, da calçada à toponímia da cidade. Quase todas as ruas apresentam o nome em castelhano e em português, e por fim, a possibilidade que os nascidos têm de obter gratuitamente a cidadania portuguesa.









A juntar a isto tudo, em Olivença come-se umas carrileras espectaculares.


Demos mais umas voltas por Olivença, e seguimos a nossa viagem. O próximo destino foi Cheles, onde fomos visitar a Praia Fluvial com o mesmo nome. O trajecto de Olivença a Cheles é bem árido e sem nada a registar, pese embora a sinalética de estrada panorâmica...espanholices, digo eu. A praia, que curiosamente fica quase em frente à Praia das Azenhas d'El Rei, também não é nada demais, porventura devido ao baixo nível de água que se faz notar.



Esta parte de Espanha desiludiu-nos, árida e sem nada para ver. Seguimos até Villanueva del Fresno, hoje não foi preciso atestar, e regressámos a Portugal. Foi mesmo a despachar até "casa" pois a piscina esperáva-nos.




Jantámos por Reguengos, voltámos a ateimar com o Sharish, e voltámos a não ficar fregueses.



























Por hoje estava feito, fica o filme do dia. 






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