terça-feira, junho 21, 2022

Borda d’água, Aldeias Avieiras e Lezírias do Tejo (1ª parte)

Sábado, 18 de Junho de 2022

Fomos desta vez visitar algumas Aldeias Avieiras do Tejo. Voltinha curta, maioritariamente à borda d’água e em boa parte dela percorrida  literalmente pelo meio das lezírias do Tejo.

Saída de casa pelas 9 da manhã de um dia ameno, sem grande calor, mesmo bom para passear. 
A primeira paragem foi em Pirescoxe, freguesia de Sta. Iria da Azóia, onde fomos visitar o Castelo de Pirescoxe.
O castelo de Pirescoxe foi edificado em 1442, altura em que Nuno Vasques de Castelo Branco e sua mulher, D. Joana Zuzarte, titulares do viscondado de Castelo Branco, instituíram um morgadio neste local, então uma quinta da família. Terá sido a partir dessa data que se edificou o actual conjunto monumental, que chegou até aos nossos dias sem grandes alterações na fisionomia exterior. 
Depois de ter estado abandonado durante alguns anos, em 2001 foi restaurado. Atualmente, funciona como espaço cultural, tendo uma galeria de arte e um auditório ao ar livre.







Pequeno filme do Castelo de Pirescoxe.


Seguimos para Vila Franca de Xira, onde já se tratava dos preparativos para as largadas de toiros das festas do Colete Encarnado, e fomos visitar um local do qual sempre tivemos curiosidade em visitar, mas que nunca se tinha proporcionado. Trata-se do Miradouro do Monte Gordo, local com uma vista verdadeiramente espectacular.







Pequeno filme do Miradouro de Monte Gordo.


O próximo destino foi o cais da Vala do Carregado. Situado junto ao local onde a Vala do Carregado chega ao Tejo, foi este cais construído no século XIX, servindo de via de penetração para as zonas de Castanheira do Ribatejo e Alenquer e registou assinalável movimento até meados do século XX: numa primeira fase, servindo a fábrica de cerâmica aí existente, e, numa segunda, que terminou sensivelmente na década de sessenta, o transporte de vinhos. Além da função piscatória que ainda hoje se mantém, o cais da Vala do Carregado servia também as lezírias, na outra margem, nomeadamente no transporte de pedra para os trabalhos de valagem.







Vista a partir da Vala do Carregado


Seguiu-se outro local que atendendo ao seu nome, também me despertava alguma curiosidade. Trata-se do Palácio das Obras Novas. Para lá chegarmos seguimos até Azambuja e de seguida para Vala Real e Palácio
O Palácio das Obras Novas, também conhecido por Palácio da Rainha, edificado na Foz da Vala Real (finais do século XVIII, princípios do século XIX), integrava um conjunto de Obras Novas para a época. Foi mandado construir pela Rainha D. Maria I, também responsável pela abertura da Vala Nova ou Vala Real
Este palácio funcionou como um posto de controlo do tráfego de embarcações, de pessoas e de mercadorias, que transitavam através da Vala Real, e também como entreposto e estalagem de apoio à antiga carreira de vapores que fazia o circuito entre Lisboa e Vila Nova de Constância.
A sua envergadura e o encanto natural de toda a zona envolvente atraíram várias figuras da nobreza a passarem ali largos períodos de descanso.
O palácio, de arquitetura neoclássica, traduz robustez, sobriedade e monumentalidade, apesar do seu avançado estado de degradação.
Depois de ter visto aquilo que hoje é um monte de ruínas à beira da derrocada total, fiquei mesmo fã foi da estrada de terra que lá nos levou.


A manhã ia avançando e o nosso trajecto também. Restavam-nos ainda dois locais para visitar antes de almoço. O próximo era  a Praia Fluvial da Casa Branca. Para lá chegar, voltámos para trás, bem pelo meio das searas de tomate.


A zona onde já foi a praia fluvial da Casa Branca, na Azambuja é hoje um sítio que nem para dar uma volta  serve, pois  mais não é do que  uma zona morta, sem qualquer limpeza ou manutenção e completamente abandonada.
Há cerca de uma década que o concessionário abandonou o local e desde aí este foi-se degradando cada vez mais e chegou aos dias de hoje completamente destruído. Agora é uma zona cheia de erva alta e lodo com os postes da eletricidade a não servirem para nada, com o bar já quase sem telhado. Perante este cenário….foi fazer o “chek” e seguir viagem. Ficam algumas fotos daquilo que já foi a Praia Fluvial da Casa Branca.




Para terminar a parte da manhã desta nossa voltinha, seguimos para a Aldeia Avieira do Porto da Palha, também conhecida por Lezirão.
A aldeia avieira de Lezirão é das mais recentes. Terá pouco mais de 70 anos. Os pescadores de Vieira de Leiria que sazonalmente vinham à pesca no Tejo começaram a fixar-se aqui na década de 50. Na altura chamava-se Porto da Palha porque havia um cais onde se descarregava palha que era transportada para Lisboa.

Lezirão fica no concelho da Azambuja, na margem direita do rio Tejo, tem aproximadamente duas dezenas de casas e algumas preservam sinais da arquitetura avieira.
O nome da aldeia reflete a ambiguidade do seu futuro. Umas vezes é citada como Lezirão, decorrente de uma propriedade agrícola de onde herdou a designação, outras vezes é referida como Porto da Palha.







Pequeno vídeo da Aldeia de Porto da Palha.



Daqui voltamos á Azambuja, demos uma volta pedonal pela Vila e fomos almoçar ao Tasco da Ilda. Almoçámos bem e fomos dar início à segunda parte.




Fica o filme desta 1ª parte.




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