quarta-feira, junho 17, 2020

Por Terras da Beira Baixa - Dia 2


sexta-feira,12 Junho 2020 - Castelo Branco - Castelo Branco – 234 km



O dia de hoje adivinhava-se preenchido, sempre eram três Aldeias Históricas, Monsanto, Idanha-a-Velha e Castelo Novo, e mais umas aldeias verdadeiramente pitorescas, casos de Salvaterra do Extremo e Penha Garcia. Do programa constavam ainda dois Santuários, Senhora do Almurtão e Nossa Senhora do Loreto, umas termas, as de Monfortinho e uma Barragem, a Marechal Carmona, mas…vamos por partes. 

Saída do hotel pelas 10:00 com um dia farrusco e a prometer chuva, que felizmente não se concretizou. Só apanhámos umas pingas em Idanha-a-Velha. Tomámos o rumo de Salvaterra do Extremo, situada nos confins orientais do concelho de Idanha-a-Nova. Salvaterra do Extremo foi primitivamente designada como Salvaterra da Beira. As origens da povoação remontam aos inícios do século XIII. O seu castelo fez parte juntamente com o Castelo de Penha Garcia, de um grupo de castelos erguidos para vigilância e defesa da margem direita do rio Erges. No alto de um monte cortado a norte e a leste por penhascos que se constituem em defesa natural, confrontava, na margem esquerda do rio, com o Castelo de Peñafiel, no município de Zarza la Mayor, em território de Espanha, que embora tambem em ruínas, ainda hoje é visível. 


conjunto escultural de pedras junto ao Parque de desportos motorizados  de Castelo Branco

Parque de desportos motorizados  de Castelo Branco


Zebreira


Salvaterra do Extremo
castelo de Penafiel - Espanha

Salvaterra do Extremo

Salvaterra do Extremo

Salvaterra do Extremo



Apreciada Salvaterra seguimos para as Termas de Monfortinho, onde perguntámos ao Sr. Guarda se podíamos ir passear a Espanha, ao que nos respondeu muito afavelmente que para passear não podiamos. No sopé da serra de Penha Garcia, junto à margem direita do rio Erges, encontra-se uma das mais antigas fontes termais do país- a Fonte Santa, com um caudal que atinge os 36.000 litros/hora. Esta fonte é considerada a mãe das Termas de Monfortinho e enquadra-se num cenário onde a natureza permanece intacta. As águas da Fonte Santa de Monfortinho são hipomineralizadas, bicarbonatadas, sódicas cálcicas e magnésicas, possuindo um dos maiores teores de sílica entre as águas termais portuguesas. A temperatura de nascente é de 29º C e apresentam um pH de 5,45. 





Como as termas estavam fechadas, seguimos para Penha Garcia, fomos visitar o local onde se efectuava um dos controles de passagem do saudoso Transibérico a caminho de Vale Feitoso, a Praia fluvial do Peso e os fósseis das Trilobites e os icnofósseis, que são as marcas da interacção das trilobites com o substrato. Quem gostar deste tema pode dar uma vista de olhos aqui. De seguida fomos espreitar o Tanque de guerra, subimos ao castelo, de carro claro, e deslumbrámo-nos com a paisagem que dali se observa. Para finalizar a nossa passagem por Penha Garcia nada melhor que um ensopado de borrego no Restaurante Raiano. 

Barragem de Penha Garcia
















local do CP do Transibérico






Praia fluvial do Pego e Parque de icnofósseis

imitações de trilobites

a setôra explica os icnofósseis



o castelo lá no alto















barragem de Penha Garcia

o vale dos icnofósseis






As vistas a partir do castelo:


Próximo destino: Monsanto, uma das 12 Aldeias do Programa Aldeias Históricas de Portugal. Situada num cabeço que se impõe ao olhar na maior parte dos horizontes, Monsanto detém um encanto singular, para o que contribuem os dois títulos atribuídos no séc. XX – Aldeia Mais Portuguesa de Portugal, em 1938, e o de Aldeia Histórica em 1995. A parte mais antiga está no ponto mais alto, a 785 metros ,onde os Templários construíram uma cerca com uma torre de menagem. No século XIX, o imponente Castelo medieval de Monsanto foi parcialmente destruído pela explosão acidental do paiol de munições. 

Monsanto








deixa lá segurar isto antes que caia...



Vencidas as ladeiras de Monsanto, seguimos para mais uma Aldeia Histórica, Idanha-a-Velha, pequena aldeia de ambiente pitoresco, pelo notável conjunto de ruínas que conserva, ocupa um lugar de realce no contexto das estações arqueológicas do País. Ergue-se no espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana (séc. I a.C.), inserida no território da Civitas Igaeditanorum, tendo sido mais tarde, município romano. 

o Pablo manda cumprimentos

Idanha-a-Velha








Como por aqui estava de chuva, abreviámos a visita e seguimos para o Santuário de Nossa Senhora do Almurtão, que teve origem na seguinte lenda : a imagem da Virgem apareceu numa moita de murtas. As pessoas que a encontraram recolheram-na na Igreja de Monsanto, tendo desaparecido foi reencontrada no murtão onde surgira pela primeira vez, pelo que foi aí construída a ermida. 

Nossa Senhora do Almurtão





A chegada à Senhora do Almurtão foi algo decepcionante, a imagem que eu tinha na memória era de aí ter almoçado no decorrer de um Transportugal, e ter um avião num “pedestal” e um redondel em frente ao avião. Ora ao chegar não vi nada disto e de imediato me ocorreu que o nome Alcafozes, que tinha visto numa tabuleta quando vinha para aqui, seria a vila que eu procurava. Esta cabeça já não é o que era…., vá de voltar atrás até Alcafozes, e visitar a igreja de Nossa Senhora do Loureto, onde aí sim está o tal avião. Convém referir que a Nossa Senhora do Loureto é a Padroeira de toda a aviação. 











Já a caminho de Castelo Branco, passámos pela Barragem Marechal Carmona, também conhecida por Barragem da Idanha. É uma barragem situada no rio Ponsul que foi construída durante o Estado Novo e inaugurada em 1946. Actualmente pertence à Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova. Estava bem cheia e bonita. É numa das suas margens que se realiza o Boom Festival. 









Para finalizar este dia visitámos Idanha-a-Nova e o seu castelo erguido a partir de 1187, sobre uma escarpa na margem direita do rio Ponsul pelos cavaleiros da Ordem dos Templários, sob a direcção do Mestre D. Gualdim Pais. 








Regresso ao hotel, e gostámos tanto do jantar de ontem no Dona Ferreirinha, que hoje voltamos lá. 
Fica o mapa e o filme do dia:





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