segunda-feira, abril 22, 2019

Andaluzia e Costa del Sol 1º dia

Sábado, 13 de Abril - Almada - Sevilha 393Km

Já que os nuestros hermanos gostam tanto de vir passar a Páscoa a Portugal, nós imbuídos do mais puro sentido de equilíbrio decidimos ir passar  a Semana Santa a Espanha. 
Para este primeiro dia a ideia era ir direito a Sevilha, fazer o check-in, guardar o carro na garagem, almoçar, e ir conhecer a cidade. Já tínhamos passado por Sevilha algumas vezes, mas nunca tínhamos entrado na cidade. Para tal saímos de Almada pela AE.2 até à Marateca, onde entramos nas estradas nacionais e fomos andando até Mértola onde fizemos a primeira paragem. Foi altura de beber um café, tentar comprar uma caixa de Bombeira, mas isto da gestão de stocks já não é o que era, e tivemos de nos contentar com 3 garrafas, e seguimos viagem.
nunca fui a Mombeja...

esplanada em Beringel

um elefante branco

olival intensivo-ao que parece é crime ambiental

a chegar a Beja

Beja

uma terriola perdida na Nacional 122

E.N.122

Mértola

Mértola - come-se bem aqui



Esticadas as pernas, seguimos viagem pela ponte que até à inauguração da então chamada Ponte Salazar, era a mais comprida que eu conhecia, e tomamos o rumo do Pomarão. O Pomarão é uma pequena aldeia situada no concelho de Mértola, freguesia de Santana de Cambas, na margem esquerda do Guadiana, junto à barragem espanhola de Chança, cujas águas abastecem  toda a região de Huelva. Em 26 de Fevereiro de 2009 foi inaugurada a Ponte Internacional do Baixo Guadiana sobre a ribeira de Chança, que veio reduzir a distância por estrada para a vizinha povoação espanhola de El Granado, de 140 para apenas 12Km.

Entre 1859 e 1860, a empresa proprietária da mina de São Domingos construiu no Pomarão uma povoação, armazéns, depósitos de mineral, terminal ferroviário e dois cais de embarque, onde atracavam os navios mineraleiros à vela e a vapor que subiam o Guadiana desde a foz. Dali partiam os navios carregados com o minério (pirites) que vinha por via férrea desde a mina de S. Domingos, encerrada no início dos anos 70, para a CUF, no Barreiro, e para Inglaterra (por Vila Real de Santo António). O minério chegava ao porto do Pomarão transportado por uma das primeiras linhas de caminho-de-ferro construídas em Portugal (1858), apenas dois anos após a inauguração do troço Lisboa-Carregado. O movimento do porto era elevado. Em 1864 apresentaram-se no Pomarão 563 navios para embarque de minério. 
saída da EN. 265 para Pomarão


A estrada para a fronteira do lado português é assim




Início da Ponte Internacional do Baixo Guadiana

Barragem de Chança
final da Ponte e aspecto da estrada do lado espanhol


Entrados em Espanha,continuamos por estradas secundárias mas em bom estado até entrar na A.49 que nos levou até Sevilha.



Gibraleón


Entrada em Sevilha
Pintura mural em Sevilha
Chegados a Sevilha, foi altura de fazer o check-in, guardar o carro na garagem  e ir almoçar. Fomos ao Las Piletas e fomos começando a entender melhor a afición que se vive por estes lados. O almoço estava bom e a decoração era assim:




Retemperadas as forças, começamos o nosso périplo que nos levaria a andar uma considerável distância.
Começamos pela zona ribeirinha do Guadalquivir e pela Ponte de Triana. Ponte começada a construir em 1845, constituída por três arcos, com o comprimento de 149 metros e que une o centro da cidade ao bairro de Triana. Foi inaugurada em 1852.


Monumento à tolerância






 Bem próximo fica a Real Maestranza de Sevilha, construída no século XVIII, sendo a praça de toiros mais antiga e de maior tradição em Espanha.Embora por efeito óptico pareça circular, na verdade é ovalada, sendo actualmente uma das raras praças do mundo que ainda conservam esta forma atípica.Junto à praça encontram-se as estátuas de dois grandes matadores de toiros sevilhanos, Pepe Luis Vazquez e Curro Romero. Este ultimo tem a particularidade de ser até hoje o matador que mais orelhas cortou numa só corrida na Maestranza, foram oito orelhas cortadas a seis toiros por si lidados em 19 de Maio de 1966.


Pepe Luis Vazquez
Curro Romero


  Fomo-nos embrenhando pelas ruelas e recantos do centro histórico até chegar à  Catedral de Sevilha, também conhecida como Catedral de Santa Maria da Sede. É a maior Catedral de Espanha e a  terceira maior  do mundo, somente atrás da Basílica de São Pedro no Vaticano e da Basílica de Nossa Senhora Aparecida em Aparecida no Brasil. Tem também o título de maior Catedral gótica do mundo, ocupando uma área total de 11 520 metros quadrados.

Consta que a sua construção decorreu de 1402 até 1506, e foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1987. Deste conjunto faz também parte a Torre da Giralda, antigo minarete com 104,1 metros que foi convertido em torre sineira. A Catedral serve também de ultima morada a Cristóvão Colombo, esse mesmo da viagem às Américas.











La Giralda





Daqui seguimos para o Parque Maria Luísa para admirar a Plaza de Espanha, mas pelo caminho ainda passámos pelo Arquivo Geral das Índias e pelo Real Alcazar.







este homem estátua era um espectáculo

Torre del Oro
Plaza de Espanha
Plaza de Espanha







As horas foram passando, regressamos ao Bairro de Santa Cruz,  foi altura de descansar numa esplanada a beber uma água e ir fazendo tempo para o jantar.
Tínhamos eleito o Bar Catedral de Sevilha para jantar, assim fizemos e deliciamo-nos com as suas tapas bem regadas com um Rioja tinto e um branco meio doce, para terminar com uma cola de toro simplesmente divinal.
Bar Catedral



cola de toro

Já jantados foi altura de ir recolhendo ao hotel e ir vendo a grande animação que a noite de Sevilha tem. Para mais era noite de dérbi, jogava o Sevilha e o Bétis.


Por hoje estava feito, fica o mapa e o filme do dia.






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