quinta-feira, novembro 07, 2024

Escapadinha Alentejana dia 3

 Quinta - feira 24 de Outubro de 2024

Para este último dia da nossa escapadinha, tínhamos um programa preenchido até ao almoço, e nada em vista para a tarde, pois queríamos chegar cedo a casa.
Começámos o dia a visitar a Praia Fluvial dos Cinco Reis. Inaugurada em 2020 e distando apenas 7 Km de Beja, rápidamente se tornou num pequeno oásis às portas de Beja. Dispondo de Bandeira Azul integra ainda um Centro de Actividades Náuticas onde se pode alugar vários tipos de embarcações não motorizadas.
À nossa boa maneira chegámos lá por uma boa estrada de terra, literalmente pelo meio das oliveiras.







Apreciada a praia, continuámos pelo meio das oliveiras e fomos à Villa Romana de Pisões.
A villa romana de Pisões foi acidentalmente descoberta em Fevereiro de 1967, no decurso de trabalhos agrícolas, tendo as escavações arqueológicas então iniciadas revelado uma vila de grande interesse do ponto de vista do património histórico. A villa esteve ocupada entre os séculos. I e IV d.C. e ainda só se encontra parcialmente escavada. É bem interessante de ver e tem ainda grandes mosaicos muito bem conservados.








Sempre que passo em Beringel, vejo uma tabuleta a indicar Mombeja, e sempre comento que nunca fui a Mombeja. Vem isto a propósito que para dar continuidade ao nosso passeio tínhamos duas alternativas, ou voltávamos a Beja e seguíamos para Beringel, ou íamos por Mombeja. Decerto já adivinharam por onde fomos. 
Toda esta zona tem abundante água, pelo que a agricultura de regadio predomina. É bem bonito ver tudo amanhado, nem que seja por amendoeiras que se continuam a proliferar da maneira que o  têm feito, arriscam acabar com a água, digo eu...
Voltando ao passeio e às estradas... seguimos para Santa Vitória, por uma estrada lindíssima.




À saída de Santa Vitória demos com isto:



Seguimos por mais uma Municipal que nem número tem, passámos por Mombeja e  um pouco mais à frente vimos um gradeamento com uma rede verde à volta e com bastante arame farpado nos topos, percebemos que era o que vem assinalado no Google como Plantação canabis local de Culto. Pareceu-nos que não estava nada plantado e após alguma pesquisa descobrimos que por esta zona abunda a canabis, medicinal entenda-se. A maior plantação da Europa em 2020 situava-se no vizinho concelho de Aljustrel, tendo a primeira colheita gerado 4,3 tons.





Chegados a Beringel, passámos por dentro da vila e seguimos para a Barragem do Pisão, uma barragem relativamente recente, que está integrada no maior lago da Europa, a Barragem de Alqueva. 




Aproximava-se a hora de almoço e pensámos ir almoçar a Cuba, tínhamos em mente vinho da talha e petiscos numa das suas típicas tabernas, mas a única que encontrámos aberta, foi precisamente a que não nos pareceu nada típica, ou pelo menos nada a ver com o nosso padrão de típica.
Assim sendo ficámo-nos por uma grelhada mista ibérica, num restaurante, que estava bastante boa.
Para chegar a Cuba passámos por mais uma terra onde nunca tinha passado, Faro do Alentejo, decididamente hoje foi dia de descobertas.






Depois de almoço foi de seguida até casa, o tempo prometia chuva e de passeio estava feito. 
À chegada fomos recebidos como habitualmente: de braços abertos.


Para terminar fica o filme do dia:



segunda-feira, novembro 04, 2024

Escapadinha Alentejana dia 2

 Quarta-feira, 23 de Outubro de 2024

O dia de hoje foi completamente alterado face ao que tínhamos previsto, mas acabou por se revelar bem agradável. A alteração teve a ver com os dias de encerramento dos restaurantes onde tínhamos previsto ir almoçar. Adiante...
Começámos o dia a caminho de Mértola. A quase deserta EN 122 continua agradável de percorrer.







Antes de Mértola seguimos pela esquerda por uma EM que curiosamente tinha o número da estrada pintado de branco e passados 20 Km encontra-se o portão da Herdade do Pulo do Lobo. Desta vez encontrava-se aberto e entra-se numa rolante estrada de terra que após mais 1,5 Km nos leva até à margem do Rio Guadiana.







O Pulo do Lobo, que se encontra entre os 33 e os 35 metros de altitude, é um desnível muito estreito no qual existe uma fenda por onde se precipitam as águas do Guadiana. Este desnível é consequência dos efeitos provocados ao longo dos tempos pelas várias eras geológicas.
Segundo diz a lenda um homem audaz ou uma fera acossada poderiam transpor de um salto este desnível. É por essa fenda que, observando o curso da água do miradouro situado na margem direita, é patente que, a jusante da queda, o rio tem dois leitos: um mais largo e de formas arredondadas que deverá ter origem glaciar e, ao centro deste, como um traço mais fundo, o leito atual , rasgado pela erosão das águas. É pelo vale fundo, que se irá progressivamente arredondando, que o Guadiana corre até às proximidades de Mértola.

Ficam algumas fotos, embora pela visualização do vídeo que se encontra no fim do texto se fique com uma melhor percepção do local.











Apesar do caudal do rio ser baixo, este local impressiona, temos de cá voltar em altura de maior caudal.
Apreciada a coisa, voltámos para trás até Corte Gafo de Cima e a partir daqui por outra Municipal que vai dar à 122, mas mais perto de Mértola.
Ao chegar a Corte Gafo vimos este moinho, e fomos lá ver mais de perto.









Esta vida de passeio é cansativa, seguimos para Mértola e fomo-nos recompor.
Depois de almoço seguimos para Serpa, não sem antes passarmos pelas Minas de São Domingos, onde não nos cansamos de ver a Tapada Grande. Desta vez também comprámos umas popias de gila, que são uma maravilha.





Chegados a Serpa, fomos calcorrear a zona Histórica, onde curiosamente nunca tínhamos anteriormente ido. Somos mais de ir ao Lebrinha😎






Já que estávamos por aqui, fomos também espreitar o Castelo de Serpa.
Foi em 1295 que D. Dinis ordenou a remodelação do castelo e a reconstrução do Castelo. A entrada já merecia outra remodelação mas de resto continua catita.





Continuámos o nosso passeio e fomos dar ao Museu do Relógio. Estão expostos algumas centenas de relógios de todas formas e feitios, e ao que consta tudo começou assim:

"Tudo começou em 1972 quando António Tavares d'Almeida (1948-2012), o principal dinamizador deste espaço herdou dos seus avós três relógios de bolso avariados. A partir de então, este coleccionador procurou relógios por todo o país e mundo, com vista ao restauro e ao aumento do espólio.
Em 1995 abre a sua colecção ao público e desde então perto de 400 relógios avariados foram doados ao Museu, que com a colaboração dos seus Mestres relojoeiros são recuperados e mostrados ao público. Em Dezembro de 2011 deu-se a expansão do espólio com a abertura do Pólo de Évora".





Por hoje estava feito, foi altura de voltar a Beja, não sem antes registar a antiga ponte da antiga estrada Serpa / Beja, onde os carros e os comboios circulavam pela mesma via, uns de cada vez, é claro😂😂.

 



Hoje para terminar, já que nos sentimos uns mãos largas, deixamos não um, mas dois filmes.