Sexta-feira 12
Outubro Almada –
Penhas da Saúde - 525Km
No que à escrita diz
respeito, principalmente quando escrevo em Times New Roman e as palavras me
brotam da ponta dos dedos, não tenho nada a ver com Eça de Queirós. Na verdade,
se for noutro tipo de letra também não. No entanto…não resisti a fazer um leve
plágio de uma das suas obras - A Cidade e as Serras - que depois de uma
inspirada e trabalhosa adaptação por mim levada a cabo, acabou por dar o título
a este post, ou melhor e sem usar estrangeirismos, a este…só a modéstia me
impede de o apelidar de romance, a este relato de 3 dias pela Serra da Estrela
e por algumas das suas aldeias mais profundas.
Depois deste
introito, vamos lá então contar como foi.
Desta vez, e como somos uns
experts em trânsito matinal, decidimos sair pela Vasco da Gama, decisão que de
acertada não teve mesmo nada, a não ser que a paisagem sempre teve um bocadinho
de novidade. Pequeno almoço na área de serviço de Alcochete e toca de seguir o
caminho do costume: Couço, Ponte de Sor, Barragem do Fratel e AE.23, onde
contrariamente ao que tem sido habitual ultimamente seguimos até ao nó 30 para
Covilhã Sul, em vez da saída 24 para Penamacor.
Ponte Vasco da Gama
Ponte Vasco da Gama
AE.23
Túnel de Alpedrinha
Túnel da Gardunha
Foi ao sair da
AE.23 que verdadeiramente começou a nossa voltinha, não ainda na Serra da
Estrela, mas na Cova da Beira, que …é mesmo ali ao lado…. Começamos por ir à
aldeia de Peraboa conhecer o Museu do Queijo, ficamos com uma ideia da
pastorícia e da feitura do queijo. Daqui seguimos para Sortelha, aldeia
medieval que é uma das 12 aldeias do Programa Aldeias Históricas de Portugal,
com foral concedido em 1228, bonita, mas completamente abandonada, pelo menos a
uma sexta feira de Outubro. As poucas pessoas que por lá vimos eram turistas espanhóis.
Até o restaurante estava fechado, como tal seguimos até Belmonte, mais uma
Aldeia Histórica de Portugal, e terra natal de Pedro Álvares Cabral, o
navegador, que no ano de 1500 comandou a segunda armada à India, durante a qual
se descobriu oficialmente o Brasil !!!.Diz
a tradição que o nome Belmonte provém do lugar onde a Vila se ergue (monte belo
ou belo monte).Belmonte é considerada
a terra portuguesa onde a presença dos judeus é mais forte. Acrescentamos ainda
que se almoça muito bem em Belmonte, o Restaurante Casa do Castelo
proporcionou-nos um bom almoço.
Este queijo tem 7 (sete) anos
A caminho de Sortelha
Sortelha
Sortelha
Sortelha
Sortelha
Sortelha
Sortelha
Sortelha
Sortelha
À saída de Sortelha
Castelo de Belmonte
Restaurante Casa do Castelo
Depois de bem
aconchegados pelo almoço, seguimos até à Guarda pelas estradinhas de que
tanto gostamos: nacionais e algumas municipais só para desenjoar. Fomos até
Valhelhas pela 232 e seguimos pela 18-1 passando por Famalicão, até entrar na
municipal 619 até Fernão Joanes e Meios. A ideia era passar por Mizarela, terra
do meu grande amigo Luís Pinheiro. Em Trinta seguimos pela E.N. 338 e na
Albufeira da Barragem do Caldeirão tomamos a municipal 556 até à Mizarela, onde
demos uma volta pela aldeia e seguimos para a Guarda onde fomos visitar a Sé.
Albufeira da Barragem do Caldeirão
Albufeira da Barragem do Caldeirão
Grande Castanheiro
Sé da Guarda
Sé da Guarda
Sé da Guarda
Da Guarda seguimos
por auto estrada até à Covilhã, de onde seguimos para as Penhas da Saúde, onde estávamos
alojados. Breve voltinha pelas Penhas, e ainda bem que a fizemos, pois chegamos
à conclusão que o restaurante onde pretendíamos ir jantar estava encerrado para
férias. Check-in feito, meia de descanso e decidimos ir jantar ao Mário, a
caminho do Fundão, mas ao chegar lá vimos que também este estava fechado.
Outubro é mesmo época baixa para estes lados. Com isto tudo acabamos por ir
jantar à Covilhã à Taberna Laranjinha, e em boa hora o fizemos pois jantamos
muito bem. Nova subida até às Penhas da Saúde e por hoje estava feito.
Sem comentários:
Enviar um comentário