Sexta-feira, 4 de Abril 2014
Tinha ficado combinado estar às 7
da matina na casa do Pilotaço, a essa hora lá estava e fizemo-nos á estrada. A
viatura era uma Toyota Hilux, 4 portas, caixa fechada, um aspeto um bocado
sinistro, mas fomos constatando que era mesmo boa para o fim a que se destinava,
potencia q.b., económica, confortável…estávamos bem servidos. Lá fomos andando
até á zona de serviço de Palmela, onde já nos aguardavam o Chano e o Joca, que
iriam connosco para baixo até ao cruzamento da Azilheira (37º 23.580’ N,e 8º
20.389’ W), onde nos iríamos encontrar com o Romana, o Ricardo, e o Miguel que
vinham do Algarve. Aqui chegados, o Romana tem a frase do dia: ó Pilotaço onde
é que foste arranjar esta “forgunete”?
Para este dia a ideia era um
bocado ambiciosa, passava por ver os troços todos de manhã, almoçar e depois de
almoço ir ver o salto de Ourique. Para começar fomos ver Silves á zona
espetáculo 5 (37º 21.983’ N, e 8º 18.814’ W). Não sabendo se lá estava
muita ou pouca gente, arranjei um percurso para lá chegar que não era o
indicado pela Organização. Primeira contrariedade, a ribeira estava de tal modo
cheia e com tamanho caudal, que só mesmo de barco. Volta para trás e vamos lá
por onde eles dizem, que tem ponte e tudo. Não conhecia este local, mas gostei,
uma boa curva mesmo ali ao pé de nós, e via-se ainda um bom bocado antes e
depois. Chegamos ainda cedo e ficámos á espera do carro 000, conduzido pelo
nosso amigo Robalo, mas nada de ele aparecer….vai um telefonema e pronto: o
Peixe já ficou, soltou-se uma bomba de travão….vá lá que se resolveu para os
próximos.
O próximo troço, Ourique ficava a
15 Kms, pelo que 20 minutos antes, ou seja, a seguir ao Tanak, fomos embora, o
restante pessoal estava numa de menos correrias e ficaram pelo que fomos
sozinhos. Voltamos ao alcatrão, seguimos até Azilheira e virámos para terra
onde começava antigamente o troço de Ourique (37º 23.424’ N, e 8º 16.590’
W). A ideia era ir até ao Monte das cegonhas, que ficava muito perto do início
do Ourique deste anos, depois de anulados os primeiros 5 km. A coisa até estava
a correr bem, até que num cruzamento onde só já faltava 1,8Km para o local, eis
que surge um Gnr sozinho e abandonado no meio da estrada.
- Por aqui não passa ninguém…
Pronto estava dito e nada o dissuadiu
Bem, vamos ali ao alcatrão, que
se não dá por aqui, vai dar por ali, são mais uns Kms mas vamos lá dar.
Alterado o azimute… entrámos pelo início do Santa Clara do dia de sábado e
fomos sempre pelo troço até ao Montinho de Góis. Foi preciso fazer um bocado o
gosto ao pé, mas chegámos a horas. Se em Silves ainda havia por volta de 100
pessoas, aqui erámos menos de uma dúzia, gnr e Marshall incluídos, e tirando
estes dois últimos, todos os restantes eram espanhóis e do leste, curioso, mas
verdade. Sitio que não sendo nenhum spot daqueles que perduram na memória, era
agradável, e sempre foi mais uma novidade, também nunca aqui tinha estado.
Desta vez tínhamos 18 kms até ao
próximo, lá voltamos a ver até ao Tanak e bora lá, que esta é apertada mesmo.
Voltamos até ao alcatrão do Santa Clara e seguimos pela esquerda até Monte
Abaixo onde entramos em terra para ir ver o Almodôvar á Zona espetáculo 13.
Este local já eu conhecia e como tal, íamos na conversa e na esperança de ver o
café de Monte Abaixo para ir ver se era possível encomendar qualquer coisa para
o almoço. E não é que o café fechou, eu me passei com aquilo e quando dei por
mim já tinha passado a entrada para terra…erro crasso que nos custou não ver o Ogier,
bem na verdade ainda o ouvimos…
Aqui foi ver até apetecer e
voltar a Azilheira, para ver se havia algum sitio para almoçar, e não é que
havia mesmo? O restaurante Pôr-do-sol estava maioritariamente ocupado por
elementos do ACP responsáveis pela montagem e desmontagem dos troços daquela
zona. La cumprimentámos alguns conhecidos e fomos comendo pão, azeitonas,
queijo…porque as costeletas estavam mesmo demoradas. Depois do medronho da
praxe começámos a pensar que se todas as ribeiras que vimos hoje estavam a
puxar para o intransponível, as do acesso ao salto também não deviam estar
melhores, e como até vimos todos de manhã…que se lixe o salto e bora lá fazer o
pleno.
O programa da tarde foi quase idêntico ao de manhã, para Silves 2
entrámos por outro acesso, mas acabamos por ir dar ao mesmo sitio. No Ourique
2, desta vez já fomos por alcatrão até ao início do Santa Clara e antes de
chegar ao local da manhã, entrámos numa cortada á esquerda, e fomos ver a outro
sítio, onde ainda estava menos gente, e os que estavam, foi porque vieram atrás
de nós. E por fim no Almodôvar 2, esta Z.E. tem dois lugares distintos, de
manhã vimos num e á tarde noutro.
Era altura de começar a pensar
onde íamos dormir, e entre ficar em Castro Verde ou num Motel de estrada, o
Pilotaço optou por irmos dormir a casa da mãe a Aljustrel. Ao fim e ao cabo
eram só 60 Kms. Pelo caminho ainda fomos a Fitos, entrámos pelo troço de
Santana da Serra em sentido contrário até lá ao alto, para ver como se chagava
lá no dia seguinte, já lá tinha estado, mas não me lembrava mesmo como se
chegava lá.
Nunca tinha estado em Aljustrel e
foi uma agradável surpresa ver a cervejaria/ restaurante O Cabecinha, boa
imperial, uma montra de mariscos de nível, ainda para mais naquelas paragens e
a simpatia do proprietário, que vendo um conterrâneo nos fez as honras da casa.
Depois de jantar foi altura de descobrir
o Aljustrel by night, e também gostei…depois de uns copos bem servidos foi
altura de ir dormir, o dia seguinte começava cedo e a idade já não perdoa…
PS. – Isto de fotos é que anda
escasso….pode ser que amanhã se arranje alguma coisa.